Capítulo 13

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Acordei no dia seguinte com batidas na porta.

Droga... quem era o infeliz que tinha a audácia de bater na porta das pessoas àquela hora?

De qualquer maneira minha mãe ainda devia estar em casa, então me virei para o lado e tentei abafar o som com o travesseiro.

Bateram outra vez. Merda! Onde aquela mulher estava que não ia atender a maldita porta?! Apertei o travesseiro contra a cabeça tentando dormir.

Outra batida, dessa vez mais forte.

Dane-se. Joguei a coberta pro lado e me levantei bêbada de sono. Sai do quarto esfregando os olhos.

Bateram de novo. Quem quer que estivesse do outro lado, parecia estar determinado a quebrar a porta.

- Merda, eu já estou indo! - Gritei enquanto descia as escadas trocando as pernas. Eu mal percebi que minha mãe não estava em casa.

Abri a porta e encontrei Nicolas em pé com o punho cerrado, pronto pra bater de novo.

- Droga Luna! Faz mais de dez minutos que estou batendo! Você está bem?

- Hm... eu acho que estaria melhor se você não tivesse me acordado. - Respondi rouca.

Ele soltou um suspiro de alívio.

- Me desculpa... parece que você se esqueceu.

- Me esqueci de... - Bati a mão na testa. - Hoje é quarta!

Ele sorriu.

- Sim. Tínhamos combinado nove horas.

- Oh, desculpa, Nicolas! Eu esqueci...

Ele fez que sim com a cabeça.

- Percebi.

- Entre. Eu preciso me arrumar. Me desculpe, eu...

- Luna, não tem problema. Eu te espero aqui.

Eu fiz que sim e subi para o meu quarto.

Abri o guarda roupa e tirei de dentro dele uma calça jeans azul, uma blusa branca estampada e minhas peças íntimas. Peguei minha toalha na cabeceira da cama e corri para o banheiro. Cinco minutos depois eu saí vestida e com meu cabelo solto.

Voltei para o quarto, calcei minhas sapatilhas pretas, passei a escova em meu cabelo, perfume e maquiagem e desci.

- Demorei? - Perguntei a Nicolas quando o encontrei na sala.

- Não tanto quanto eu esperava. Pronta?

- Acho que sim. Nós não podemos demorar. Eu tenho aula.

Ele sorriu enquanto abria a porta pra mim.

- Nós não vamos.

Tranquei a porta e caminhamos juntos até seu carro.

- Sabe, essa é a primeira ferrari que eu vejo em Colatina. Não é um carro muito popular aqui.

Ele riu e abriu a porta pra eu entrar.

- Fica mais fácil conseguir uma dessas quando seu pai trabalha numa empresa de carros importados.

Ele deu a volta e entrou do outro lado.

- E então, você não acha que nove horas é um pouco tarde pra acordar?

- Não quando se vai dormir ás cinco.

Ele me olhou assustado quando tirou o carro da vaga.

- Você foi dormir cinco horas da manhã?!

Apostas do destinoWhere stories live. Discover now