The Souless - Harry Potter ( Tradução )✓

Capítulo 89: Família

       As coisas correram bem... Mais ou menos.

Harry ainda estava sendo criticado por todos os lados pelos outros alunos, que estavam convencidos de que ele estava trapaceando. Era bom ter os amigos do seu lado, mas ainda assim era cansativo e Harry estava mais do que um pouco cansado de tudo isso... O único ponto positivo foi ver Snape dar detenção a Vincent e Gregory por tentarem persegui-lo por causa disso. Harry ficara bem perto de Snape, quando podia, e Snape não perdia Harry de vista, se pudesse escolher. Harry confiava em Snape para cuidar dele.

Severus ficara furioso com a maneira como seu filho estava sendo tratado. Em outro mundo, onde não tivesse acolhido Harry, ele poderia ter se divertido com isso... Mas agora Severus sabia melhor... Harry não era a cópia de James que Severus um dia acreditara que ele fosse. Severus via tanto de Lily em Harry que às vezes era difícil olhar para ele. E, em outros momentos, era apenas Harry. Harry, que era tão feroz quanto um leão e tão astuto quanto uma cobra, que era bom em poções e adorava defesa contra as artes das trevas. Em momentos como esses, Severus se permitia acreditar, apenas por alguns instantes, que Harry era realmente seu próprio filho. Severus não via James e nem mesmo Lily - apenas o garoto que ele havia aprendido a amar apesar de todas as adversidades. E Severus viu seu filho ser vítima de bullying, como ele fora um dia - ele viu o ódio que ele enfrentava de todos os outros e como Harry se opunha a isso de qualquer maneira. Severus se recusava a deixar que o filho enfrentasse o que ele mesmo enfrentara.

Os outros alunos ainda tinham muito medo de Snape, mesmo que ele tivesse sido muito mais justo e tolerante. Ele andava como um morcego o tempo todo, de modo que ninguém estava disposto a se aproximar dele. Portanto, essa era uma boa opção.

Harry ficava em sua sala de aula durante o tempo livre e sentava-se à sua vista durante as refeições.

Foi por isso que Harry se sentiu tão desesperado quando foi levado diretamente da classe de Snape para uma sessão de fotos. Colin Creevy tinha vindo buscá-lo e nada que Snape pudesse dizer seria capaz de salvá-lo, e era uma aula dupla com os Slytherins, então Snape não poderia defendê-lo, se algo acontecesse.

Ele sabia que poderia lidar com isso. Ele sabia disso. Mas... Mas ajudava ter um adulto que ele tinha certeza que estava do seu lado.

"Espero você de volta para terminar a poção, quando tiver terminado. disse Snape, enquanto Colin tentava arrastar Harry para fora. Harry olhou para Snape e ambos entenderam a situação. Não havia nada a ser feito... Mas Snape queria dar uma olhada em Harry depois.

Nyx também não pôde acompanhar Harry, pois era professora assistente em um período diferente.

Quando Harry voltou automaticamente para a sala de aula de Snape, quase quatro horas depois, em vez de ir jantar, Snape agitou apressadamente a varinha, chamando uma xícara de chocolate quente.

Nyx estava esperando no canto, com Hades e Alexander enrolados em seu pescoço. Quando Ron e Hermione lhe disseram que Harry ainda não havia saído, ela achou que seria mais seguro esperar por ele perto do jantar.

"Skeeter estava lá, eu presumo. " Disse Snape, com a escuridão encobrindo seus olhos.

Harry assentiu com a cabeça, com a irritação estampada no rosto. Snape franziu a testa - entrando na mente de Harry automaticamente, para descobrir exatamente o que havia acontecido com seu filho. Harry nem percebeu por alguns instantes e, mesmo assim, não se deu ao trabalho de bloquear Snape - ele não tinha energia para isso...

Snape se adiantou e abraçou Harry. Harry parou por um momento. Snape os via como seus próprios filhos, isso era óbvio desde o início, mas, mesmo assim, ele nunca fora muito afetuoso. Não como Molly Weasley, que estava sempre abraçando alguém... Harry fechou os olhos com força e envolveu Snape com os braços, segurando-o com firmeza. Harry gostava disso - gostava de ter uma família de verdade. Ele nunca voltaria para os Dursley, nem que isso o matasse. Não quando ele tinha pessoas que realmente se importavam com ele, que o abraçariam, bem aqui.