Esse livro é um dark romance, então não espere flores, declarações de amor, e texto fofos, mas posso prometer uma boa dose de adrenalina.
Embora esse livro seja para maiores de 18, não vou denominar idade. Cada um sabe o que lê, não sou mãe de ningu...
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Chicago, Illinois.
Um toque. Desligo o despertador e afogo minha cara no travesseiro.
Não. Eu não quero acreditar que tudo voltou à rotina normal: faculdade, casa, faculdade, casa... Me viro para o lado pegando meu celular e vendo que não estou atrasada.
— Santo Deus! As coisas estão progredindo. — Me sento na cama tentando raciocinar o que está acontecendo, então logo ouço alguém entrando no meu quarto como um furacão.
— Bom dia, Ivy. Vamos levantar; primeiro dia de aula. Cadê a animação? — Apollo diz todo animado enquanto abre as cortinas do meu quarto e rapidamente meus olhos se fecham por conta da claridade repentina. Parece que ele tomou alguma coisa que o deixou assim e só pode ser droga.
Não digo nada, apenas coloco minhas mãos sobre meus olhos para me acostumar com os raios solares invadindo meu quarto e tentar enxergar o mesmo diante de mim. Apollo está acompanhado de seus fios sempre bagunçado e usando suas calças escuras, já sua pele branca parecia lhe deixar invisível no meio de tanta luminosidade; ou eu que sou cega mesmo.
— Bom dia, Apollo — digo desgostosa e ainda sonolenta, tentando entender essa dose de animação em minha frente. Mas eu não reclamo, ele é tudo o que tenho.
É a única parte boa que sobrou da nossa família desestruturada. Nossa mãe morreu quando eu tinha cinco anos e Apollo sete anos; eu não lembro muito bem, mas quase não víamos ela. Todos os dias eu perguntava e pergunto o motivo de sua morte, só que nosso pai quase nunca fala sobre esse assunto. Acho que a mamãe não passa de uma lembrança morta dentro dessa casa, como se ela jamais tivesse existido ali para ele e eu sempre quis entender o que havia acontecido. Só que parece que quanto mais eu descubro algo, mas eu retrocedo e volto para a estaca zero.
Pego meu celular já me levantando da cama e vou andando em direção ao meu irmão para dar-lhe um abraço. — Eu não sei o que você tomou e eu nem quero saber, Apollo, mas eu sei que não dormiu a noite toda. A música atrapalha, sabia? — falei arqueando as sobrancelhas e uma risada abafada sai de sua boca. — Vamos, Apollo. Agora saia. Preciso me arrumar — pedi empurrando suas costas até a porta.
— Ivy, esteja pronta em trinta minutos. Vamos dar carona pro Kaden. — Apenas olho para sua cara e concordo fechando a porta.
Entro no banheiro e, antes de tirar meu pijama e jogá-lo no cesto de roupas sujas logo ao lado de um pequeno balcão, coloco meu celular sobre a pia. Sem demora fui pra baixo do chuveiro, deixando a água gélida cair sobre meu corpo e então tomo um banho rápido. Assim que saio vou escolher alguma roupa no armário; tirando dele uma camiseta branca que tem um bordado, junto com uma calça preta. A parte de cima ficou bem soltinha, ao contrário da parte de baixo que é bem justa, valorizando bastante meu corpo.
— Eu não quero isso — murmuro abrindo o armário novamente para procurar por outra opção e pego uma calça branca de moletom. — Vai ser essa mesma. Perfeito.
