cap 2 - the truth under the rug

907 82 8
                                    

          "oh me leve de volta para a noite em que nos             conhecemos ."

Chicago, Illinois

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.



Chicago, Illinois.

Banks senta na cama comigo e olha nos meus olhos, em seguida os desvia para a caixa em nossa frente. Pego ela e a viro para baixo, fazendo assim cair todas as coisas de dentro dela.

— Não são muitas... São somente alguns papeis rasgados que eu resgatei na lixeira do meu pai —
disse olhando para ela enquanto a mesma pega um deles e começa a ler.

— Allana Bannet. Deu entrada em Sa... — Ela para de falar por justamente a folha estar rasgada, então não poderia terminar de ver o que estava escrito; é impossível de decifrar.

— Eu já tentei entender o que é esse "Sa", Banks, mas queimei todos os meus neurônios pra isso — murmuro sem tirar meus olhos dela que ainda analisava o que tinha em mãos.

— Você não achou nada porque é burra — rebateu se levantando e indo até minha escrivaninha, pegando meu notebook — É só colocarmos no Google lugares que comessem com "Sa" e a gente acha um monte. — Realmente. Eu sou muito burra, jamais pensaria em algo assim.

Ela faz como tinha dito e de fato, apareceu cerca de cinquenta lugares diferentes. — Beleza, e como a gente vai descobrir? — pergunto olhando para a tela iluminada em nossa frente. Banks passa o dedo na tela conforme os lugares, cujo a maioria fica do outro lado da cidade.

— Esse lugar! Esse lugar eu conheço! — Ela aponta.

— Sanatório Redley — li em voz alta. — Que lugar é esse? Eu nunca puvi falar e por que minha mãe iria pra lá? — me perguntei desconfiada.

— Quando eu era pequena, levaram a vovó Suzy para lá — minha amiga confessou ao deixar de olhara para a tela e colocar seus mirantes em mim. — Eu não entendia. Era como uma clínica de reabilitação para pessoas que não estavam muito bem ou tinham algum transtorno; normalmente pessoas que sofriam de depressão. Depois que ela foi nunca mais a vi, a vovó faleceu por lá mesmo. Toda vez que eu lembro disso me dá um arrepio na espinha. — Vejo ela se estremecer todinha, até se arrepiar. — Tinha uma menina de lá e sua história era simplesmente sinistra — terminou fazendo uma careta para me assustar, mas eu estava intrigada.

Queria saber mais dessa história, desse lugar, da tal garota... Será que minha mãe trabalhava lá? São tantas perguntas... dúvidas, respostas enterradas... Mas eu vou descobrir nem que isso custe minha vida. O Redley fica do outro lado da cidade. Lembro que a minha mãe me levou lá uma vez, tinham várias crianças; muitas mesmo, algumas abandonadas pelos seus pais.

— Me conta a história dela. Eu quero saber — peço pegando uma cadeira e sentando do lado de Banks na escrivaninha e apoio meu cotovelo sobre a bancada para apoiar a minha cabeça.

— O nome dessa menina era Charlotte, ela vivia a vida normal com a mãe, seu pai e seu irmão. Sua mãe acabou engravidando e deu a luz a uma menininha; Charlotte morria de ciúmes por ela. Não! Era obcecada pela irmãzinha mais nova e então em um dia ela foi dar um banho na neném e a afogou na banheira. — Ouvir isso me deixou mais intrigada se possível. Eu queria saber mais, ir a fundo; estava assustada, nervosa, mas eu queria mais. — Logo seu pai chegou e viu o que estava fazendo. É óbvio que ele ficou bastante bravo com Charlotte, por isso a mandou para o Sanatório Redley e disse para sua esposa nunca ir visitá-la. O tempo foi passando e seus pais lhe esqueceram lá dentro daquele lugar; depois de alguns anos ela cometeu suicídio. Fiquei sabendo que tinha vários transtornos e que não era mentira que vivia sozinha, então não havia motivos para continuar e se jogou. — Banks termina e eu fico completamente em choque, mal consigo me mexer. Estava assustada, completamente amedrontada; e se minha mãe esteve nesse lugar? Santo Deus!

the labyrinth of IllusionOnde as histórias ganham vida. Descobre agora