cap 38 - my mind and my heart

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   IVY BENNET.

Meus olhos se abrem com dificuldade e acabo não conseguindo enxergar muita coisa por conta da falta de luz. Tento movimentar meus braços mas sou supreendida pelos barulhos metálicos que se chocam uns aos outros. Estou acorrentada. Merda.

Eu fui arrastada pro meu pior pesadelo. Fui arrastada para o abismo, agora só me resta eu e meu maior demônio.

Fecho meus olhos tentando me recordar de alguma coisa, mais só consigo me lembrar passando por aquela porta e mais nada.

Meu peito se aperta e sinto uma angustia me preenchendo de forma brusca. Por que?

Um estrondo é ecoado pela enorme porta e vejo um homem com roupas pretas se aproximando de mim.

Fantoche.— Ele diz e a sua voz era sombria se ecoa por toda a extensão do enorme lugar. Não digo nada. Apenas abro meus olhos lentamente virando meu olhar para o mesmo. — Está com fome?— Ele pergunta mas não consigo responder pelo nó que ja havia feito morada em minha garganta.

Eu estou com fome, fantoche.— Ele fez uma pausa enquanto tirava suas botas. — Tenho apenas uma hora e quarenta minutos para me alimentar.— Ele diz puxando as correntes pra cima fazendo meus braços se esticarem.

Meus cabelos pelo grande impulso acabam caindo em meu rosto e finalmente crio coragem pra olhar em seus olhos. Mais era apenas isso que estava visível, seus olhos.

Ele usava um pano escuro que cobria toda a extensão de seu rosto, revelando apenas seus olhos escuros e sombrios sobre a minha direção.

O homem se aproxima de mim e sinto lágrimas inundarem os meus olhos. Ele passa suas mãos pelas minhas costas e começo a rebater todo o meu corpo com força para que o mesmo retirasse as suas mãos de mim.

— Te observei por tanto tempo. E nesses longo tempo prometi a mim mesmo que mataria aquele homem que fez questão de te foder todas aquelas noites.—

O homem diz e sinto como uma estaca afiada tivesse rasgado o meu peito. Fui observada até em momentos que não estava preparada. Fui vigiada em momentos de vulnerabilidade.

Suas mãos continuavam a passear pelo meu corpo e meu estômago se embrulhava cada vez mais. Em um movimento rápido o homem da duas voltas do meu cabelo em suas mãos e o puxa pra trás fazendo um grito doloroso escapar dos meus lábios.

— Eu odeio cabelos longos.— Na mesma hora o homem sai de trás de mim indo em direção a um pequeno armário que estava do outro lado da sala.

Quando o armário se abre vejo inúmeras utensílios. Mas não utensílios normais. Eram utensílios de tortura.

Ele assegurava uma tesoura prateada e caminhava em minha direção. Não conseguia falar nada. Apenas balançava a cabeça em negação para que ele não fizesse isso com o meu cabelo. Tudo o que eu mais amava em mim eram os meus cabelos longos, a mamãe sempre elogiava tanto.

Ouço os barulhos de corte e abaixo a minha cabeça vendo as enormes madeixas despejadas ao chão.

— Está ficando linda.— Ele dizia enquanto cortava mais e mais, como se eu, fosse a porra da sua fantoche.

O homem joga a tesoura para o outro lado da enorme sala e passa seus dedos sobre a parte inferior da minha perna. De forma maldosa ele aperta minha coxa com brutalidade e sinto meu estômago se revirar e minha bochechas se umedecerem de forma mais rápida o possível.

Sinto seus dedos se deslizarem sobre a minha calcinha e todo o meu corpo congela. Na mesma hora balanço as minhas pernas na intenção de que o mesmo se retirasse dali mais falho miseravelmente.

O homem apenas se levanta sem dizer uma palavra se quer e caminha novamente em direção ao armário novamente. Ele pega algo no qual eu não conseguia enxergar muito bem, mais parecia couro por conta da luz que refletia.

— Tente contra mim novamente e você vai ver.— Ele diz e caminha para trás de mim e em um pequeno intervalo sinto minhas costas queimarem por conta da grande pressão. Um chicote de couro.

outro e outro. Repetidamente mais um e mais um. Mais algumas chicotadas e foi o suficiente para sentir o sangue escorrer levemente sobre o meu corpo.

Estava sendo torturada. O pior é que pra mim, era tortura, pra ele, era prazeroso.

Meu coração estava despedaçado, nunca pensei que passaria por uma tortura como essa. Me pergunto qual o sentido da vida sé viemos apenas pra sofrer?

Eu nunca entendia muito bem do por que me cortar, mais agora eu entendo que a dor física é melhor que a dor psicológica.

Ouvir as palavras do meu pai naquele galpão dizendo o quanto estava gostosa, destroçou o meu coração em milhões de pedaços.

E estar aqui com algum homem qualquer me tocando como se eu fosse dele, faz eu me sentir a mulher mais suja e nojenta de todo o mundo.

Tudo o que eu desejo nesse momento é morrer, mas parece que a morte nesse momento corre de mim.

Quando pensei que confiava em certas pessoas todas elas enfiaram uma adaga em minhas costas. Fingiram permanecer comigo ao quanto estavam torcendo pra que eu me afundasse no meu próprio pesadelo.

— Prometo que não vai doer.— O homem diz e na mesma hora sinto o mesmo penetrar em mim com força fazendo um grito doloroso sair dos meus lábios.

Apenas deixo o choro descontrolado sair e os soluços escaparem.

                                    FLASHBACK

Vá trocar de roupa agora.— Meu pai diz em um tom de voz serio enquanto Catherine preparava o café da manhã.

— Mas pai esse é o uniforme que o senhor mesmo comprou.— Digo enquanto bato os pés com força no chão e cruzo os braços em desaprovação.

Meu pai enfurecido sobe as escadas e posso sentir que a qualquer momento seus passos pesados podem quebrar as escadas com tanta força e raiva que ele pisa sobre o chão.

Chegando próximo a mim ele puxa meu braço com força m arrastando até o meu quarto. Sinto seus dedos quase entrando dentro da minha carne e toda a região em que ele segurava queimar por conta da pressão.

O mesmo chuta a porta com força e me empurra na cama fazendo eu ir pra trás com tudo e por conta da pressão minha saia acaba se levantando mais rapidamente eu a abaixo com medo.

— Está sem shorts por baixo.— Ele pergunta totalmente enfurecido.

— Desculpe.—

Eric não diz nada. Ele apenas caminha na minha direção e me vira de costas pra ele afundando a minha cabeça no travesseiro enquanto levanta a minha saia passando sua enorme mão em toda a extensão da minha bunda.

Sinto um enorme nó se formar em minha garganta e antes que eu pudesse falar algo as lágrimas começam a escorrer pelos meus olhos descontroladamente.

— Pai você está me machucando.—

— Eu nem entrei em você pequena.—

— Mas você está machucando a minha mente e o meu coração.—

Meu pai queria transar comigo. Eu sou apenas uma criança.

                                  dias de hoje.

você está machucado a minha mente e o meu coração.

Eu me lembrava dessa frase perfeitamente. Mas eu não me lembrava do meu pai ter feito isso comigo, ele fazia tal ato e apagava a minha memória.

Um turbilhão de sentimentos me dominam no momento e posso me sentir suja, impotente, nojenta.

Tudo de ruim é o que eu sinto nesse momento. Queria apenas acabar com a dor, queria acabar comigo.

O homem sai de dentro de mim e sinto um liquido ser despejado na minha bunda.

— Você é tão apertada.— O homem diz e a ansia se faz presente novamente.

Ele para em minha frente e uma pancada forte em meu rosto faz todo o meu corpo se amolecer e em alguns segundos enxergo tudo escuro.

the labyrinth of IllusionOnde as histórias ganham vida. Descobre agora