9. Café Fervendo

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Ametista

Saio da minha sala com um sorriso malicioso nos lábios e sigo para cozinha. Assim que entro dou de cara com todos os meus funcionários que parecem inquietos e preocupados.

_ Posso saber quem está atendendo as mesas?- Pergunto.

_ Desculpe senhora, mas estávamos preocupados com Jorge e Celina. A senhora os demitiu?- Pergunta Eduardo.

_ Não, eu não os demiti; - Todos respiram aliviados- Mas demitirei todos vocês se não voltarem ao trabalho agora mesmo. Onde já se viu deixar os clientes sozinhos dessa maneira.

_ Já estamos voltando.- Diz Vitória enquanto se apressa em sair da cozinha sendo seguida pelos outros.

_ Eduardo....- O chamo antes que saia pela porta.

_ Sim senhora.

_ Aquele homem ainda está aqui?- Pergunto.

_ O do café? Sim senhora.

_ Ótimo, era só isso. Pode ir.

Ele sai e mais uma vez aquele sorriso de maldade se instala em meu rosto.

Quem disse que não se pode cutucar onça com vara curta.

👑👑👑

Sigo para a mesa no canto mais afastado, onde um único ser se enfia em seu mundinho, onde ele é o rei e nós seus servos. Em minhas mãos uma bandeja com um bule, duas xícaras e um pedaço de torta de maça.

Paro à sua frente esperando que ele note minha presença, o que demora um pouco para acontecer e quando o faz, coloco o pedaço de torta e uma das xícaras a sua frente, a enchendo com café bem quente. Ele assopra um pouco e prova um pequeno gole fazendo som de aprovação, logo em seguida pega o garfo e experimenta um pouco da torta repetindo o som, agora com um suspiro, até que volta a perceber minha presença.

_ mais alguma coisa senhorita Bancks?- ele me observa de maneira neutra e eu o encaro com um leve sorriso.

_ na verdade sim. Posso me sentar?

Me sento antes que ele me responda, o que o deixa sem o que dizer, pego a segunda xícara e a encho de café a colocando em minha frente.

_ sabe senhor Grimald, esse café que estamos bebendo, veio do mesmo bule que a mais de uma hora atrás o senhor recebeu seu primeiro café. O interessante é que o café continua quente mesmo depois de tanto tempo.
O senhor alegou que minha funcionária lhe serviu café frio, mas ela me garantiu que o café  estava quente quando foi entregue e eu estou bem propensa a acreditar nela.

Vejo seu rosto ficar vermelho e suas feições ficarem rígida, enquanto mantém a última garfada de sua torta ainda em mãos. Nossa, ele come bem rápido.

_ a senhorita está insinuando que eu menti. Com que propósito?- fala controlando a raiva.

_ conseguir um café de graça, talvez. Se surpreenderia com quantas vezes já vi isso acontecer, mas eu jamais insinuaria algo assim. Mesmo que a princípio eu realmente achasse isso, agora tenho a certeza que tudo não passou de um problema de atenção de sua parte. Dificilmente o café se manteria quente estando em uma xícara a mais de uma hora.- falo mantendo minha voz cordial e um pequeno sorriso enquanto o via ficar ainda mais vermelho.- eu tenho que ser sincera com você, meu primeiro impulso com toda essa situação foi querer jogar café fervendo em suas calças....

_ o que?!- ele interrompe mais alto do que eu gostaria, enquanto suas feições passam de assustado para descontrolado em nanosegundos.

_ Pode se acalmar, eu desisti dessa ideia. Tudo que eu espero do senhor é um pedido de desculpas por todo o escândalo que causou em meu estabelecimento e por ter feito minha funcionaria chorar com seu jeito babaca de ser, majestade.

👑👑👑

Philip

Um sorriso provocador surge em seus belíssimos lábios carnudos depois de dizer esse absurdo.

Onde se viu Philip Woods Grimald se desculpando a uma reles dona de lanchonete. Eu prefiro morrer antes de me humilhar dessa maneira.

_ eu prefiro o café.- falo entre dentes.

_ nós podemos providenciar isso.- vejo ela fechar sua expressões e sair pisando fundo em direção a cozinha.

Por motivos que desconheço fico hipnotizado mais uma vez por seus rebolado e começo a imaginar como ela deve ser sem toda essa roupa, deitada em minha cama e usando toda essa fúria para.....

_AAAAH.- grito desesperado ao sentir o liquido gelado atingir minhas partes baixas o que me faz levantar de pressa.- MAS QUE MERDA É ESSA! - grito com a mulher que está tendo uma crise de riso ao meu lado.

_ olha, ele sabe gritar.- ela zomba- você disse que prefiria o café. Desse por satisfeito de ser apenas chá gelado, poderia ser bem pior.

Todos riem a nossa volta e isso tira todo a alto controle que tenho.

_ pronto para pedir desculpas agora?-  ela fala com deboche.

_ a única coisa que eu estou pronto para fazer, e acabar com essa espelunca e com você no processo, sua maluca. Você não faz ideia do que eu sou capaz.- falo soltando fogo pelos olhos.

_ isso seria realmente aterrorizante, se eu tivesse medo de você, mas para o seu azar majestade, você não me assustes nem um pouco.- ela se aproxima a centímetros do meu rosto.- Está com raivinha é?! Come um gelinho que passa.- ela coloca uma pedra de gelo em minha mão e sai rebolando aquele belo traseiro de volta para a cozinha.

Ah, mas isso não vai ficar assim. Eu juro que ela irá pagar por isso....

Uma princesa GG Where stories live. Discover now