16. Aflição

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Já passa das duas da manhã e meus pés estão em frangalhos assim como minha capacidade de pensar com clareza.

Me sento novamente olhando para meus amigos que estão tão ou mais acabados do que eu e sorrio. Esse sem duvida nenhuma foi meu melhor aniversário.

_ bom acho que por hoje chega, não consigo dar nem mais um passo.- Luna fala se jogando ao meu lado.

_ eu também estou morta.- falo.

_ eu já chamei os táxis- fala Jorge, que surpreendentemente parece lúcido.

_ ótimo amigo porque eu acho que perdi meu celular.- Ramon fala se jogando ao lado de Jorge e gargalhando. Esse está para lá de Bagdá.

_ alguém sabe onde está Camila, eu à perdi no meio da multidão.- diz Vih parecendo legítimante preocupada, o que para nós parece ser bem engraçado.

_ eu vi ela saindo engalfinhada com um carinha a quase uma hora atrás.- fala Estela, também não tão bêbada.

_ os táxis chegaram.- Jorge nos avisa e eu procuro por Afonso, mas não o encontro.

_ cade o Afonso?- pergunto.

_ ele ta lá fora devorando a cabeça de uma qualquer.- fala Luna parecendo bastante irritada. O que será que deu nela?

_ então vamos, porque eu ainda tenho que passar na casa da Ami para pegar minha filha.- Celina, a voz da razão, se levanta e nós a seguimos quase que automaticamente até a saída.

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No táxi, mas uma vez eu sinto aquele clima estranho entre meu melhores amigo e me pego divagando no que pode ter acontecido entre eles. Será que..... NÃO CREIO.

_ VOCÊS SE PEGARAM!- falo mais alto do que o necessário e me arrependo quando sinto minha cabeça latejar.

_ O QUE!?- Luna é a primeira a se manifesta.- você só pode ter enlouquecido de vez.

_ eu to muito lúcida, e vocês estão muito estranhos desde cedo. Podem começar a me contar seus tratantes.- falo cutucando a cintura dos dois.

_ não a nada a ser dito, porque nada aconteceu.- fala Afonso de maneira séria e sem espaço para argumentações.

_ não adianta ficar bravinho comigo não docinho, eu sei que aconteceu alguma coisa e se vocês não querem me contar, eu descubro sozinha.

👑👑👑

Não demorou muito para que chegássemos em minha casa e eu me apressei para sair do carro antes que a bebedeira começasse a cobrar seu preço. Tento segurar a vontade de vomitar, mas acaba sendo mais forte do que eu. La se vai todo o álcool que ingeri hoje.

_ Ami, você ta bem?- pergunta  Afonso afastando meu cabelo enquanto eu vomito em uma lata de lixo próxima a minha escada.

_ agora estou.- limpo meu rosto com o dorso da mão e respiro fundo.

_ vem eu te ajudo a entrar. Onde está sua chave?

_  eu estou bem, é sério.- me desvencilhou dele e sigo escada a cima para minha porta e a abro com maestria.- viu, estou ótima.

Uma princesa GG Where stories live. Discover now