62. O Pedido

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Vocês já tiveram a sensação de estar vivendo um sonho. É exatamente assim que me sinto agora, em frente a visão mais linda que meus olhos já tiveram a chance de ver.

O lago cristalino e sereno, cercado por arvores altas cobertas com pequenas lanternas que mais pareciam luzes de natal e que refletiam na água, trazendo um certo ar mágico para aquele lugar, que poderia facilmente ser a floresta encantada em um conto de fadas.

_ É.... Indescritível.- Falo, enquanto caminho descalço pela grama verdinha que cobre todo o chão.

_ Eu sabia que você ia gostar. - Escuto a voz de Philip atrás de mim, mas não me viro para olhar.

_ Eu amei. - Falo ainda encantada com tamanha beleza.

_ Esse é um dos meus lugares favoritos desse castelo, foi bem ali que Elena e eu nascemos. - Ele aponta para um lindo chalé de vidro ao lado esquerdo do lago e eu me surpreendo por não ter visto ele antes. - Vem.

Ele segura minha mão e junto nós vamos ao chalé que não está muito longe. Subimos alguns poucos degraus da varanda e ele se abaixa pegando uma pequena chave dourada em baixo do tapete.

_ O clichê dos esconderijos de chaves. - Falo de maneira irônica e o vejo sorrir.

_ Temos que guardar a chave em algum lugar, não é?

_ Fá pensou em um vaso de planta, ou quem sabe naquela cesta bem ali.- A ponto para uma cesta de piquenique em cima de um dos sofás da varanda e ele sorri mais uma vez.

_ Essa cesta não costuma estar aqui. - Ele fala enquanto abre a porta e ascende as luzes, dando espaço para que eu entre.

Passo pelo batente da porta e automaticamente me apaixono por aquele lugar de cores claras e clima aconchegante, muito diferente do castelo que tem um ar opressor tão forte que chega a ser sufocante. A vista do lago e das arvores por todos os lados dá a sensação de estar dentro da paisagem e isso, sem duvida, é a melhor parte.

_ O rei mandou que construíssem esse lugar assim que ele e minha mãe de sangue se casaram, essas paredes de vidro foram espectadoras de muitas coisas, - Suas palavras possuíam um tom de nostalgia e seu olhar distante me confirmava que seus pensamentos estão muito longe daqui. - Minha mãe deu seu último suspiro bem aqui e depois disso, como a estufa, esse lugar ficou totalmente abandonado, jogado as traças, assim como tudo que lembrasse dela. - Ele fala com pesar. - Elena e eu crescemos, ela ficou com a estufa e eu fiquei com esse lugar. É como se de certa forma nós pudéssemos estar com ela.

Eu ando calmamente até ele e seco uma lágrima solitária que desse por seu belo rosto.

_ Sua mãe teria muito orgulho do homem que você se tornou. - Ele olha para mim e sorri amplamente.

_ Tenho certeza que ela iria adorar você. - Ele beija minha bochecha e me abraça pela cintura com carinho.

_ Ao menos uma das suas mães iria. - Falo com ironia e ele gargalha, o que como sempre, enche meu coração de alegria.

_ Eu te prometi uma surpresa especial; - Ele me solta após um selinho demorado. - E eu acho que está na hora dessas paredes voltarem a ser testemunhas de coisas boas, por isso; - Ele se ajoelha em minha frente e pega uma caixinha de veludo preta em seu bolso. Meus olhos se alargam em surpresa e espectativa. - Ametista Valeriana Bancks, você aceita namorar comigo.

Eu estou em choque. Meus olhos se focam no belo colar com um coração esculpido em ametista envolto por detalhes em Ouro branco e prata. Meu coração grita aceito desesperadamente, mas minha boca não pronúncia nenhuma palavra. Alguém me ajuda por favooooooor!!!

_ E então Ametista, você aceita namorar comigo? - Ele repete a pergunta e tudo que consigo fazer e acenar com a cabeça em afirmação. - Graças a Deus. Já estava começando a suar de nervoso. - Ele faz graça e eu rio, finalmente voltando ao normal.

Philip se levanta, retira o colar da caixa e se aproxima de mim para colocá-lo em meu pescoço. Eu seguro meus cabelos para que ele prenda o fecho e assim que o colar está devidamente colocado em mim, e o puxo pela camisa e colo nossos lábios em um beijo quente que é retribuído por ele com a mesma intensidade e paixão. E enquanto eu sou levada em seus braços fortes para o quarto, eu só conseguia pensar em como finalmente a vida está sorrindo para mim, e como ser feliz é maravilhos.

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**No Castelo- Quarto da Rainha**

Amélia passava seus cremes de pele calmamente enfrente ao espelho, quando seu marido invade seus quarto parecendo irritado.

_ Posso ajudar? - Pergunta sem entender o que ele estava fazendo ali, mas sem se importar verdadeiramente com sua presença.

_ Seu filho à levou ao chalé do lago. - Fala deixando que sua fúria transpareça. - A essa hora, aquela cozinheira já deveria estar em um vôo só de ida para os Estados Unidos. Você já foi bem mais eficiente Amélia.

A chuva de acusações faz com que a rainha respire fundo e conte até dez, antes que faça algo precipitado.

_ Nada disso estaria acontecendo se vossa majestade, o rei, não tivesse dormido com a tal criada impertinente. Philip seria rei se não tivesse ido embora a dez anos atrás. Mas quanto a cozinheira não se preocupe, eu já sei como me livrar dela.

_ E como pretende fazer isso querida esposa. Se essa moça simplesmente sumir como você fez com Iris, Philip entrará no primeiro avião de volta a America me odiando ainda mais.

_ Simples, meu querido. - Ela termina de se aprontar para dormir e se levanta para olhar nos olhos do marido. - Eu farei com que Philip a mande embora, e de quebra darei a ele um excelente motivo para ficar.

_ Não consigo entender como isso será possível, ele está encantado com essa moça. Você viu o que ele fez com Estevan por causa dela.

_ Eu vi, e é exatamente por isso que eu farei com que pareça que Ametista está tendo um caso com Estevan. Eu conheço o meu filho, se Philip pegar os dois em flagrante ele não dará tempo para que ela se explique. Apenas a expulsará daqui como um cão sem dono. - Ela sorri de satisfação.

_ Isso destruirá o coração mole de Philip. - O rei fala parecendo pensar no assunto por todos os ângulos.

_ E é por isso que Diana dará um motivo para alegra-lo.

_ Que seria?- Joseff pergunta não confiando nem um pouco na sobrinha de Amélia, que já demostrou por diversas vezes sua incompetência.

_ Um filho.

Uma princesa GG Onde as histórias ganham vida. Descobre agora