49. Momento Íntimo

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Philip fica estático, e eu me preocupo em tê-lo assustado de mais.

_ Phil...?- Chamo meio receosa.

_ O que? Por que? Como?- Ele pergunta ainda sem olhar em meus olhos e isso acaba comigo.

_ Bom, são perguntas bem específicas e acho melhor você sair de cima me mim para que eu possa explicar.- Toco sua cintura e ele parece voltar para terra, pois balança a cabeça de um lado para o outro e depois me olha nos olhos com um pequeno sorriso que me faz respirar aliviada.

Ele rola para o lado e me leva junto fazendo com que meu corpo fique parcialmente sobre o dele e minha cabeça fique apoiada em seu peito.

_ Quando quiser.- Ele me incentiva a começar e mesmo que possa parecer, seu tom não é de cobrança.

_ Tudo bem. Você sabe que fui adotada com quatorze anos, certo?- Levanto minha cabeça para olhar o seu rosto e ele acena positivamente.- Depois da adoção eu tive que passar por inúmeros tratamentos psicológicos e como eu praticamente não tive nenhum tipo de contato académico, meus pais acharam melhor que eu estudasse em casa até que fosse possível que me integrasse em uma escola.

Meu primeiro contato em uma instituição de ensino, foi no primeiro gral e nessa época eu já não era mais aquela menininha raquítica e desnutrida que fui um dia, eu havia passado por mudanças em meu corpo, mas principalmente eu tinha uma bagagem emocional muito maior do que todos ali. Os garotos do ensino médio pareciam infantis e idiotas de mais para que eu me envolvesse com eles, o que acabou sendo melhor porque pude me focar totalmente em meus estudos e consegui uma bolsa integral na Le cordon bleu.

_ Você está me dizendo que não teve nenhum namorado no ensino médio, nenhum carinha que você tenha gostado. - Ele me pergunta chocado.

_ Não.- Respondo diretamente.

_ Nossa...

_ Eu te disse. Meu primeiro beijo foi aos vinte um anos.- Falo o lembrando de nosso jantar.

_ Eu não pensei que fosse sério.- Ele fala.

_ Já deveria ter percebido que eu sempre sou sincera com você, mesmo que você não mereça.- Apoio meu queixo em seu peito e o olho dentro dos olhos.

_ Você é sim.- Ele sorri- Mas agora me explica, como pode ser possível uma mulher como você ainda ser virgem. Ta legal você não teve namorados no colegial, mas você passou quatro anos na França a capital do amor. Como isso é possível?

_ Eu estava focada de mais em ser a melhor no que fazia e acabei virando uma concorrente para os outros estudantes ao envés de uma provável namorada e esse foi o motivo do meu primeiro beijo ser tão trágico. Um dia um dos rapazes começou a dar em cima de mim e eu boba e inexperiente me deixei levar pela lábia dele. Nós marcamos de nos encontrar depois da aula e ele me levou para um jantar incrível. Depois do jantar, nós fomos até o alojamento e ele me beijou. Eu estava nas nuvens até o dia seguinte quando o video do nosso encontro se tornou um viral com o título "a interação social da Jubarte".- Falo me lembrando de toda a humilhação e dos risinhos pelas minhas costas.- Eu quase foi expulsa pelo escândalo que se sucedeu envolvendo o campus.

_ Esse cara é um idiota.- Philip fala visivelmente alterado.- Alguém deveria ter dado uma lição nele.

_ Eu dei. Na verdade eu o humilhei na frente de seus amigos e varias pessoas estranhas dando uma surra nele em uma lanchonete onde eu sabia que ele sempre ia com os amigos.- Sorrio diabólicamente ao me lembrar daquele dia.- Ele não apresentou queixa porque seria vergonhoso de mais ser acusado como o cara que apanhou de uma garota. O que não mudou em nada, já que varias pessoas gravaram e postaram na internet. Depois disso os garotos começaram a ter medo de mim e mais uma vez eu me privei de ter relacionamentos. Depois de tudo eu ainda tive um relacionamento com um dos cozinheiros do Brasserie, ele dizia que me amava e que respeitava meu tempo, mas no final só estava me usando para subir de cargo na cozinha. Eu o peguei transando com a gerente do restaurante na adega.

Uma princesa GG Där berättelser lever. Upptäck nu