Capítulo 34 - Café, pizza e rock'n'roll

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Amber

Seus dedos afundaram em minha pele, pressionando firme meu quadril sobre sua excitação, seu hálito quente no lóbulo de minha orelha espalhava arrepios pelo corpo todo.

- Ambs... - ele sussurrou - me desculpe, amor. Você estava certa. Eu não estou fazendo o suficiente.

Henry me envolveu, cruzando os braços ao redor do meu corpo, reduzindo nossa distância a zero. Seu beijo era úmido e quente, com poder para me derreter por dentro. Com os dedos entrelaçados em meus cabelos, puxou levemente para trás, dando-me a chance de tomar fôlego.

- Henry, amor... eu, eu não queria... - ele espalhava beijos e mordiscava meu pescoço.

- Não fala nada. - disse, desesperado por me impedir de falar com seus beijos.

Minha língua se perdeu na sua, enquanto seus mínimos movimentos me lembravam que ele estava dentro de mim. Apreciando o calor do seu corpo, conduzi para que ele se deitasse na cama, pronto para ser explorado. Senti como se estivéssemos nas nuvens e o ar estava leve e fresco, com uma claridade extrema ao nosso redor. Estávamos flutuando? Então, subitamente, o cenário era outro. Um quarto com Angie e Karen cochichando diante da porta, olhando para nós e rindo.

- Porque elas estão aqui? Henry, tem alguma coisa errada. - eu disse, confusa.

- Eu sei... deixei que elas viessem. - ele disse, com voz calma.

- Como?

Abri os olhos, desesperada. Senti-me angustiada com aquele pesadelo que rodava como um filme em looping diante dos meus olhos. Contei para Diana, aflita.

***

Quase um mês depois de Henry ter viajado para as filmagens, não tínhamos nos falado. O possível affair com Karen já tinha caído no esquecimento pela mídia e o filme do qual ela era protagonista estava longe de ser um mega sucesso nos cinemas. Será que eu tinha me precipitado? Quantas outras Angie's e Karen's apareceriam como uma possível ameaça?

Naquele domingo, passei boa parte da manhã deitada na cama e pensativa. Então, subitamente, peguei o telefone e disquei o número de Henry sem fazer ideia do que dizer.

- Alô! - ele respondeu em tom receoso, como se eu tivesse discado por acidente.

- Henry, é Amber falando.

- Eu sei. Fico feliz que tenha ligado. Aconteceu alguma coisa? - ele perguntou.

- Sim. Quer dizer, não. - escapou-me um riso nervoso. Na verdade, pensei em ligar pra saber se você chegou bem. Demorei a perguntar, mas...

- Eu entendo. Sei que você preferiu não me procurar e... bem, está tudo certo por aqui. Trabalhando, né? - ele disse.

- Certo... Hmm, então tá. Não quero atrapalhar.

- Amor - hesitou ao me chamar de forma carinhosa e logo após um pigarro, se corrigiu. - Ambs, estou sentindo sua falta.

Fiquei em silêncio.

Eu também, Henry...

Mantive apenas em pensamento.

- Alô, Ambs?

- Ainda estou aqui, Henry. - falei, apática.

Ele devia imaginar que me encontrar naquele estado de paixão em que a gente se derretia por telefone não seria tão simples e preferiu não insistir.

- Espero que possamos conversar quando eu tiver recesso nas gravações. Passar esse tempo longe me fez refletir sobre muita coisa. - ele desabafou.

- Sim, a mim também...

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