Capítulo 9 - Tantas perguntas...

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Amber

No dia seguinte, acordei sem sinais de Henry pelo meu quarto. A cama estava vazia, o lençol meio emaranhado e silêncio total. Ele foi embora depois que dormi. Talvez não fosse daqueles que gostam de amanhecer na cama de outra pessoa ou tivesse aversão a compromisso, não sei. Mas eu acreditava que o que estávamos construindo era mais do que uma investida sua para me levar pra cama. Todo o seu interesse em manter o contato enquanto estava longe e dizer que sentia falta da minha voz não podia ser só por uma noite. Seria mesquinho demais.

Levantei e fui ao banheiro na esperança de encontrá-lo silenciosamente escovando os dentes com a toalha enrolada na cintura, com aquelas costas enormes para eu me agarrar, mas nem escova de dente na minha casa ele tinha. Coisas da minha cabeça! Então, me restou jogar uma água no rosto e voltar à realidade.

Encontrei o telefone perdido no sofá da sala quando sentei para tomar meu café e resolvi ligar para ouvir sua voz. Dormimos tarde e arrisquei interromper seu sono caso estivesse compensando a noite mal dormida.

Henry:

Alô!

Amber:

Queria dizer bom dia olhando nos seus olhos.

Fui direto ao ponto.

Henry:

Desculpe. Precisei ir... Fiquei te observando até pegar no sono.

Um sorriso bobo se formou no meu rosto. Ainda bem que não podia ser vista naquele momento. Enquanto falava, fiquei pensando nele passando a mão no meu cabelo e depois disso, apaguei.

Amber:

Gostoso ter você como meu travesseiro.

Dessa vez foi ele quem sorriu e pude perceber pelo som. À medida que eu descobria o que o deixava constrangido, insistia em fazer por puro prazer.

Henry:

Fico feliz em agradar. Preciso fazer algumas coisas em casa hoje. Posso me retratar amanhã talvez?

Amber:

Pode. Como espera fazer isso?

Henry:

Eu não sei. Estava pensando em levar Kal no parque. Você traz Jackie e damos uma volta. Depois vamos fazer o que você quiser.

Amber:

Tem certeza que quer que eu decida?

Henry:

Sei que você tem a melhor das intenções.

Na verdade, eu tinha as piores, dependendo do ponto de vista.

Amber:

Pode apostar que sim.

Ouvir sua voz depois daquela noite lembrou-me nitidamente de sua boca encostada no meu ouvido me fazendo tremer por dentro e derreter nos seus braços em volta e mim. Deus, eu precisava daquilo de novo!

Procurei ser equilibrada o suficiente para esperar até o outro dia, sem cair na tentação de dizer que estava à toa e sozinha naquela noite. Não nego ter procurado formas de abrandar minha vontade de estar com ele e não precisaria muito para sentir meu corpo reagir lembrando a nossa primeira noite.

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