Coração

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- Acorde, bebê - Hope ouvia a voz ao fundo que o chamava, e ela se enrolava mais no meio das cobertas com o cheiro do alfa, ela estava tão eufórica, seus sentidos só captavam o cheiro do alfa em si.

- Calor...hm...calor - Hope sussurrava manhosa retirando a camisa de Tom que estava em seu corpo - está doendo - ela enfim abre seus lindos olhos verdes, encontrando os intensos e preocupados azuis avermelhados de Tom.

- O que dói, bebê ômega? - Tom a questiona a pegando em seus braços, ele joga um lençol sobre ela, que se segurava firme no pescoço de Tom, ela estava muito quente e seu cheiro estava insuportável de bom, ela estava iniciando o ponto alto do seu cio, aquilo era perigoso para ela.

- Hm...meu corpinho dói, Tommy...por que...porque você não me quer? - ela lambia a pele de Tom, que sentia seu corpo fraquejar...ela queria acasalar com ele...inferno, ele como alfa sabia o que aquilo significava, ela iria tenta-lo até ele ceder e acabar com as dores dela...o problema era que, ela era uma ômega, e no cio de uma ômega, ela tinha que ficar constantemente fodendo com o seu destinado até que o cio acabasse - você não quer ter alfinhas comigo? - ela chorava baixinho enquanto Tom a abraça com mais força, eram nem cinco da manhã e ele havia acordado com o cheiro sufocante dela tomando seus sentidos.

- Eu quero, Hope, muitos bebês ômegas é o que eu desejo, mas, agora não é o momento - ele diz baixinho para a ômega que agora soluça mais alto.

- Não não, agora é o momento, eu tenho uma barriguinha linda para isso, você disse que a minha barriguinha é linda...você não a acha mais tão linda? - Hope pergunta o fazendo encara-la.

- Você é linda, ômega, você é a bela - a voz grossa do alfa de Tom responde enquanto Hope tenciona seu corpo...o alfa de Tom afetava a sua ômega manhosa, como uma carícia física em que eles trocavam por meio das palavras.

- Alfinha, por favor - sua voz de ômega o pede vendo os olhos vermelhos de Tom a encararem, ele tinha que aguentar, suas mãos tremiam, ele contava...ele já estava no cem, ele tinha que ser forte...inferno, seu corpo queria pega-la e seu alfa queria toma-la para si, a ômega dela gostava do alfa dele...quase como se fossem prometidos.

Riddle sabia que quando um casal não eram prometidos um ao outro, nos cios, o alfa da relação poderia machucar o beta ou o alfa mais fraco...porque eles não se gostavam como prometidos, logo eles passavam os cios trancados em um cômodo a parte...ele não entendia aquilo...não entendia até conhecer Hope...ele sentia na carne a separação do humano e licantrope acontecendo, era como se seu alfa quisesse rasgar a sua pele até que ele pegasse a ômega de Hope para si.

Riddle adentra com Hope na enfermaria, a beta estava lá, andando de um lado para o outro até que seus olhos recaem em uma cabeleira ruiva sendo levada para perto dela.

- Por Merlin, onde estava? Hope querida, você está ardendo em febre - a beta estende seus braços para Tom dar a ômega para ela, Hope chora ao se segurar com mais firmeza no pescoço do alfa.

Riddle detestava fazer o que ele estava prestes a fazer, mas, Hope precisava desgrudar dele para que a madame Pomfrey a pudesse ajudar a passar por aquilo.

- Agora ômega, saía de perto de mim - Tom afirma com sua voz bestial de alfa, assustando Hope que o encara com medo.

Hope se afasta bruscamente de Tom, ela tremia com a brusquidão com que ele havia se direcionado à ela.

- S-saía daqui...saía daqui - ela sussurrava tremendo ao se segurar em Pomfrey, Tom se vai da enfermaria, selando a porta da mesma, ele sabia que outros alfas ficariam loucos para tê-la...eles apenas não haviam acordado ainda.

- Vamos querida, seu dia será difícil hoje - A beta diz ao guia-la para o banheiro da enfermaria, Hope estava debilitada, ômegas não acasaladas ficavam como doentes em seus cios, elas não tinham parceiros para fortalecer a força natural delas, logo ela poderia pegar qualquer tipo de doença nesse meio tempo...uma gripe trouxa seria como uma pneumonia em seu organismo e o cheiro que ela emanava era como um doce irresistível para os alfas que não eram acasalados e talvez até para alguns acasalados.

- Por que ele não me quis? Eu sou tão ruim assim? - Hope chorava enquanto madame Pomfrey a dizia que aquilo não era verdade - ele vai voltar para mim? Ele...o alfinha da bebê ômega? - Hope a questiona com seus olhos brilhando para a medbruxa - não...ele me deixou...ele me mandou ir pra longe dele - Hope soluçava com o choro...o que ela não sabia era que o alfa estava escutando cada palavra por de trás da parede do banheiro da enfermaria.

Ele estava silencioso, seu alfa absorvia cada palavra...ele estava deprimido.

Tom voltava para o salão comunal sonserino, ele havia desfeito a tortura na madrugada, logo os alfas não estavam mais alí, ele vai para o seu dormitório, onde ficou durante o dia todo encarando uma blusinha de corações do pijama de Hope...ele não se movia, apenas... observava a peça de roupa.

My Destination - Tom RiddleWhere stories live. Discover now