Borboletinha

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Hope estava com seus cinco anos de idade.

A ruivinha adorável, era como uma constante máquina de energia. Sempre disposta a brincar e ver o mundo em sua volta.

Hope Potter era completamente apaixonada pela natureza, isso era um verdade reconhecida desde que a mesma era uma bebezinha.

A pequena Potter crescia rodeada pela natureza surreal do bosque das ninfas, o lugar onde a magia era algo que fluía e não estimulada, tudo era mágico, tudo era belo.

- Hope, o jantar já está pronto, venha jantar quando quiser, querida - sua mãe a chama de sua casa tendo a certeza de que a ômega escutaria da onde quer que ela estivesse.

A pequena ruiva corria pelo campo, tocando com suas mãozinhas, todas as flores e seres em que conseguia alcançar, ela havia descoberto que além de uma bruxinha, ela também era como uma sacerdotisa de Nyx, sua mãe dizia isso para ela, e ela amava a ideia de passar horas dançando em adoração com a sua mãe.

- Olá pequena joaninha - a pequena criança de cinco anos comentava ao parar em em frente à um arbusto - borboletinhas, eu amo borboletinhas - Hope ria ao ver borboletas azuis e verdes repousando em seus cabelos.

Hope sorria alegremente, ela amava sua casinha, ela amava a floresta, tudo era verde e bonito, assim como sua mamãe Nyx era linda e bonita, ela dizia em todas as noites como Hope era especial.

- Mamãe Nyxi, ela me ama - Hope ria ao ver a borboletinha pousar em seu pequeno nariz - oh olá borboletinha, mamãe - a ômega rodopia com as borboletas voando em sua volta.

Hope sempre levava sua pequena harpa azul, tudo para Hope era azul, ela dizia era que azul era a cor do amor em que sentia, a cor em que sonhava em seus sonhos com a sua mamãe.

A pequena ômega se senta em uma pequena pedra, retirando a pequena harpa de sua bolsinha com fundo falso, sua harpa fora achada em uma de suas corridas pelo bosque, ela sabia que era um presente.

- A naoidhean bhig,
Duinn mo ghuth
Mise ri d′ thaobh, O mhaighdean bhan
Ar righinn oig, fas as faic - a ruivinha cantava docemente tocando as cordas pequenas de sua harpa, era uma graça ver a forma como os pequenos e grandes animais junto às ninfas, se amontoavam para ouvi-la cantar, a abençoada pela sua criadora, era magnífico, como se tocassem o plano espiritual e experimentassem de sua doçura.

Seus cabelos esvoaçantes e seu vestidinho azul a deixavam mágica, como se fosse uma pintura realista, alí, os agraciando com o seu amor.

- Minha pequena borboletinha, voe em direção ao seu destino - a voz sussurrada de sua mãe soa junto à brisa doce que afastou os seus cabelos, Hope se levanta no mesmo instante, deixando para trás a sua harpa, correndo em direção as luzes azuis que se estendiam pelo caminho em que ela deveria seguir.

Ela chega até perto da árvore mãe do bosque, a árvore em que dava vida ao lugar, ela amava aquela árvore, Hope passava bons minutos abraçada à ela, a dizendo o quanto ela era linda e forte e que seus filhotes eram tão lindos quanto ela.

Um barulho de galho seco sendo pisado ecoa no bosque e as borboletinhas e todos os animais murcham com a visita de quem quer que fosse.

- Oh...onde vão? - Hope pergunta sem entender, se virando para trás e tendo que inclinar seu rosto para ver a muralha em sua frente, era um homem muito grande...todo vestido de preto, enquanto Hope estava vestida com um vestido azul com desenhos de borboletas e uma coroa de rosas azuis em seus cabelos revoltos - olá - ela diz para o homem ao estender sua mãozinha pequena para o alto nas pontas dos seus pés.

- Bebê ômega - a voz grossa do homem soa fortemente no ar...estava feito, ele a havia encontrado.

A pequena fadinha vestida de azul sorri abertamente, e se gruda a perna dele em um abraço caloroso que para o homem...apenas ela sabia dar, apenas ela se atreveria a se aproximar.

O homem levanta seu olhar para o céu, suas lágrimas contidas em seus olhos azuis, eram difíceis de serem evitadas, ele se permitiu derrama-las, foram tantos anos, tantos anos de martírio.

- Olá nobre senhor, quer um beijinho de uma fadinha? - ele encara a pequena bebê, que sorria corada enquanto apertava suas mãos e erguia sua perninha envergonhada.

- Sim, nobre fadinha, aceito ser agraciado com um de seus beijinhos - o homem se abaixa ficando da altura dela, a ruiva sorri para ele com seus dentinhos lindos e pequeninos.

A bebê se aproxima dele, o dando um beijinho em sua bochecha tão suave que ele mal pode sentir, Hope se afasta dele com um imenso sorriso, Riddle quis chorar novamente, inferno, ela sempre o deixava tão emotivo.

- Qual seria o nome da minha fadinha encantada? - ele a questiona levantando sua mão lentamente para toca-la, e Hope segura com sua mãozinha o dedinho dele, Riddle sentiu a quentura, a quentura do amor...ele não iria amá-la como a amou antes, ele iria aprender a amá-la em todas as suas fases, de acordo com o que era correto, ela merecia o que era correto, a sua pequena amada.

- Hope de esperança, mas, a minha mamãe Nyx - ela sussurra como se fosse um segredo, o pedindo com o seu dedinho para ele se aproximar para que ela o contasse - me chama de pequena borboletinha, você acha que eu pareço uma borboletinha, senhor? - ela o questiona curiosa com seus olhinhos bicolores, ela não tinha olhos bicolores antes, a deixaram tão bela, como uma criação única da Deusa, ele sabia que Hope fora feita à mão pela Deusa, ela mesma havia o contado aquilo, a divindade a fez com suas lágrimas e com as mais belas jóias.

- Acho que você é uma pequena borboletinha, nobre fadinha da floresta - Tom afirma sorrindo para ela, Hope cora com suas palavras e logo se anima novamente.

- HOPE QUERIDA, VENHA JANTAR - a voz de sua mãe Lílian ecoa pelo bosque como se estivesse por perto e Hope pisca confusa ao observar o homem, seu novo amiguinho.

- Alfinha, você virá me visitar amanhã? Eu quero te mostrar as minhas asinhas de borboletinha - ela o observava em ansiedade pela sua resposta e o homem sorria para ela.

- Estarei aqui, esperando pela minha fadinha da floresta - o alfa a responde acariciando a pequena mão da pequena borboletinha.

- Certo, até amanhã, grande alfinha da floresta - Hope se despede dando um último beijinho em sua bochecha e correndo para longe dele.

O alfa ficou alí, encarando o nada enquanto suas lágrimas caiam pelo seu rosto, certamente aquele pequeno bebê era a sua companheira, não havia mais dúvidas, sua bebê ômega, havia voltado para ele.

- Obrigado, obrigado - ele sussurra enquanto encarava o nada, ele sabia que ela estava ouvindo, zelando por eles.

My Destination - Tom RiddleWhere stories live. Discover now