Uma Hora

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- Eu nego ao nosso laço - Tom diz após um tempo e assim, fora como se um clarão atingisse a escola de magia e bruxaria de Hogwarts, por alguns segundos a fora impossível de se abrir os olhos.

Quando fora possível, Tom observava Hope com seu coração acelerado, não era um simples voto de substituição, era muito mais.

- Eu sabia...desde o começo eu sabia, é uma pena que tenha acabado assim - Hope dizia ao ver a marca cinza em seu punho, ela havia sido negada - Eu vou lhe amar, incondicionalmente, Tommy alfinha - A ruiva chorava enquanto encarava a marca em seu pulso.

Tom enfim caí em si, o que ele havia feito...ele fodeu com a própria vida e com a vida de quem ele amava.

Hope já estava fora de seu campo de visão, ele não sabia o que fazer, inferno, seu alfa...estava se afastando, estava morrendo, seu alfa estava morrendo.

Tom sentia o peso de suas escolhas, Hope era a sua destinada, estava alí o tempo todo, todos os sinais, ela...só poderia ter sido ela, sempre fora ela...iria ser ela nas férias de festividades.

Sua mente o estava matando, com imagens e memórias dela, tudo de una vez.

Ele negou abertamente quem ele havia esperado desde que nascera.

Riddle chorava, chorava abertamente, nao tinha mais volta para aquilo, Hope foi marcada pela lua como negada, e inferno, uma ômega não poderia ser negada, a vida na terra de certa forma também dependia deles, eles eram o princípio.

Tom chorava em seu dormitório, chorava como uma criança, a dor era insuperável, ele estava sentindo a dor lenta e terrível da separação das almas, almas gêmeas tinham almas interligadas e a dor da separação o fazia sentir como se ele estivesse se desmembrando.

Era agonizante, havia poucas histórias sobre negações, mas, todas diziam a verdade, a alma forte vagará pelo mundo em busca de sua rendição, a rendição que nunca virá, até que a morte o aflija da pior forma possível.

Tom queria se levantar do chão e correr atrás de Hope, a sua ômega, que era verdadeiramente sua, assim como ele era verdadeiramente dela, mas, a dor não o deixava nem sequer levantar do chão, era terrível.

As suas palavras de negação voltavam com força em sua mente, o bombardeando com sua escolha.

Hope estava sentada no chão da Torre do Relógio, sua cabeça doía e seu nariz sangrava...ela sabia o que aconteceria à ela naquele momento, ou nos próximos momentos, era como um efeito colateral da negação...o negado teria que passar por aquilo.

O sonho da vida dela, havia sido arrancado dela, Hope chorava, lágrimas de sangue...estava acontecendo.

A ruiva chorava ao pensar que nunca poderia ter tido uma família, amigos para visitar em sua casa....ela nunca pode, tudo lhe foi arrancado...Hope soluçava de tristeza enquanto se perdia em seu choro.

Ela estava destruída, a verdade é que ela nunca se sentiu completa, ela não tinha nada e agora...ela teria menos ainda.

Por que as pessoas amam quando eu choro?

Ela se perguntava chorando ruidosamente enquanto todos mais uma vez tentavam mata-la,Hope não entendia, por que tudo isso com ela?

Ela tinha a marca da negação bem gravada em seu pulso, o único em que ela amara...por que?

- Por que, Tom? Eu lhe dei tudo, eu lhe dei o meu coração para que você o machucasse, mas, você o triturou...eu não tenho mais um coração...eu quero morrer - ela perdia enquanto todos mais uma vez ganhavam, ela sempre fora uma perdedora.

Hope encarava a torre, tinha uma trilha sob os telhados até a ponta da mesma, a ruiva se levanta mal sustentando o peso do seu corpo, estava acontecendo e ela não queria pensar naquilo, ela queria sentir o vento uma última vez.

Tom enfim sente sua cabeça acalmar, o Riddle se levanta em um pulo, ele se segura em uma cadeira para se firmar e logo a sua mente trás para ele o problema em questão.

O Riddle saí correndo porta à fora, ele não se importava com todos que o observavam, ele estava desesperado, completamente desesperado, o amor da sua vida.

Ele corria procurando em cada lugar até que chegasse ao último lugar de acesso da escola, a Torre do Relógio.

- Hope? Hope, abre, por favor - o moreno gritava desesperado, batendo na porta do cômodo - HOPE ME DIGA QUE ESTÁ BEM - ele grita tentando derrubar a porta do lugar.

Nenhuma resposta.

Nada.

Ele chorava e chorava a porta até que ela voasse para dentro do cômodo, Riddle encarava o cômodo...ela o disse que preferia ser uma apaixonada à uma lutadora, porque ela havia lutado durante toda a sua vida...sua mente o trouxe aquilo, enquanto ele encarava o lugar vazio, onde ela estava?

Hope sobe cambaleando a trilha de telhas que cobriam o telhado, ela andava se equilibrando até que chega a ponta, o vento soprava ao seu favor, a ruiva sabia que estava na hora, os livros diziam que era no máximo em uma hora, sangue saía de todos os poros do corpo dela.

- Me desculpe, Tom, me desculpe por não faze-lo ver o belo como eu o via em você - A ruiva sussurra aos ventos enquanto seu corpo caía e caía.

Um grito feminino se faz presente aos ouvidos do Riddle, ele corre para perto do parapeito da torre e seu coração para momentaneamente, ele não se importou em usar magia negra para chegar até lá.

Ele abre caminho até o corpo.

Tom caí ajoelhado ao lado do corpo morto de sua bebê, o amor da sua vida, ele grita, seu alfa urra de dor, era um som terrível para todos que o escutaram...era o som da morte.

- Me perdoe, me perdoe, eu te amo, eu te amo tanto, me perdoe, minha bebê ômega, eu te amo tanto, eu...me perdoe - ele se balançava com o corpo deformado da ruiva.

O efeito colateral da negação entre almas gêmeas, o principal, o negado tinha apenas uma hora de vida após o acontecimento...Hope Peverell, sua alma gêmea, estava morta em seus braços.

• Sei que vocês querem me matar, mas, ainda não acabou 💣•

Beijos da mamãe Nicole e até o próximo •

My Destination - Tom RiddleWhere stories live. Discover now