Capítulo 8

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— O que está acontecendo aqui? – uma voz feminina, brava nos interrompeu.

Rilan afastou os lábios dos meus, sem pressa ou demonstrando qualquer surpresa. Ele claramente não se importava com quem quer que tivesse invadido os aposentos. Não que eu tenha certeza disso, porque se ela bateu estava distraída demais para ouvir.

— Acredito que é bastante óbvio, princesa. – ele respondeu à Vianca, sem sair de cima de mim, ou mesmo se virar para ela. Olhava meu rosto com um desejo evidente.

Ainda bem que seu corpo me impedia de vê-la, porque foi inevitável enrubescer. Tudo bem que, a essa altura não tinha certeza se estava constrangida ou incendiando por tê-lo sobre mim e perceber que não queria parar.

— Mas...

— Sabia que em meu país interromper um príncipe em momentos íntimos com sua noiva sem um motivo muito importante é punível com a morte. – ele interrompeu o que ela poderia continuar dizendo, virando o rosto na direção dela e fechando o cenho.

— Noiva? Ela é sua noiva? – a princesa perguntou em choque, dando voz a meus pensamentos.

Ele voltou a olhar para mim, agora sorrindo, me deu um leve beijo na boca e cuidadosamente saiu de cima de mim sentando-se na cama e me ajudando a sentar. Pouco se importou com a própria camisa totalmente aberta a essa altura, o que deixava exposto seu peito musculoso, por onde minhas mãos passeavam momentos antes.

— Esta é a princesa Isis Drácia. Minha prometida desde o nascimento. Sequestrada e levada de mim aos dois anos de idade. Contei isso na reunião a seu pai e irmãos, lhes provei também, mostrando a marca de nascença dela nas costas que sempre conheci. Portanto deveria ter se informado com eles antes de nos interromper de forma deselegante.

— Desculpe alteza... Mas... Mesmo assim, é inadequado que esteja nos aposentos de sua noiva desacompanhado.

Rilan gargalhou.

Ela claramente queria me matar bem devagar, com requintes de crueldade e eu estava gostando disso. Agora aquele olhar de ódio dela era mais divertido.

— Desculpe, mas não entendi. – ela se indignou esperando uma explicação.

— Não serei hospedado em qualquer outro aposento senão com ela. Minhas tradições me permitem essa escolha. – ele deliberou, de forma incisiva.

— Isso é... Realmente... – ela não conseguia achar um termo ou explicação, para convencê-lo de que não deveria estar aqui.

— Inadequado? Para vocês talvez, mas levei dezessete anos para encontrá-la e não a perderei de vista por um único minuto. E certamente não porque sua corte acha que devo. – ele interrompeu, a princesa de forma direta.

Ela estava brava, constrangida e não ia desistir tão fácil de tirá-lo de cima de mim. Resolvi me fazer útil, era boa em inventar histórias. Além de também não estar inclinada a deixá-la lograr êxito. Agora que reconhecia o desejo em mim por alguém dentro do meu alcance, não ia deixar que me fosse negado. Era maior de idade e podia fazer o que quisesse. Há quase dois anos Fanny e Ênio me diziam isso constantemente. Na verdade diziam que eu estava velha demais para os humanos.

Feiticeira DragãoWhere stories live. Discover now