Capítulo 21

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Mais quase quatro semanas, sem sucesso! Que merda! Preciso sair daqui! – pensei desesperada.

A porcaria do feitiço Hiány estava se desgastando! Apesar de terem me dito que era permanente e irreversível, a não ser por amor verdadeiro, podia sentir o desgaste. Sabia que meu tempo estava se esgotando. O feitiço de ligação estava se esvaindo também, mas o grau de desgaste do outro era muito mais acentuado. Claro! Foi conjurado primeiro e provavelmente teve uma conjuração mais simples.

Se contasse o que sentia, sabia que teria proteção, por mais umas três semanas, enquanto ainda estaria presa a Ivar, por pelo menos mais um mês, talvez um mês e meio.

Hoje decidi que evocaria todos os nomes que conseguisse pensar. O feitiço de evocação do passado não tinha jeito...

Arrebentei uma janela e tive que fingir um ataque de fúria, porque Ivar não vinha ver-me, há quatro dias para disfarçar. A porta voou das dobradiças, por sorte só havia meus guarda-costas no corredor, consertaram e ninguém soube. Ateei fogo no tapete, tive que dizer que a madeira da lareira quase me matou do coração estalando, voando brasas longe. Trouxe um gato do passado e disse que o bicho apareceu pela sacada.

Mas grimório que é bom nada!

Agora o bichano dormia nos pés da minha cama, imaginava como ele se daria com Hendrix, porque sem chance deixar o bichinho, que veio parar aqui por minha culpa, para trás. Principalmente com Ivar, espumando pela boca, quando eu quebrasse o feitiço idiota e fugisse. Já foi complicado que ele me deixasse ficar com o gato, tive que pedir como um presente. Imagina o que faria com o pobrezinho quando, me fosse!

Depois de tentar pelo menos uns cinquenta nomes, caiu sobre a cama algo que achei que fosse um bloco de pedra do castelo.

Sério! Tinha certeza que aquilo era um tijolo.

Quando decidi que era um livro, percebi que havia mais de um dedo de espessura de pó sobre ele. Levei o mega-grimório para perto da sacada e o limpei. Voltei ao quarto, utilizei um feitiço simples para destrancar, ele se abriu.

Fui direto para a parte interna da capa traseira. Os grimórios costumavam se trancar quando os feiticeiros morriam, mas qualquer feiticeiro que soubesse evocá-lo podia abrir com um feitiço simples de destrancar. Este pelo tamanho era muito antigo e pela quantidade de pó certamente ninguém em décadas o tocava. Até o gato se interessou, vindo mais perto, se sentando esperando para ver o que eu faria.

Na mosca! O grimório pertencera a um feiticeiro famoso, que eu já ouvira falar, mas pensava que era apenas uma lenda, Kalor Selman. Segundo as histórias, ele morrera em um embate mágico contra um ser de poder muito superior.

E aqui estava a prova de que ele realmente existira. E como existira! O rapaz desfrutou de setecentos anos de vida, conforme seu grimório descrevia, morreu há cento e trinta. Se bem que não estava escrito lá falecido, dizia magia encerrada.

Feiticeira DragãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora