Capítulo 16

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Na manhã seguinte, um serviçal trouxe meu traje de montaria lavado e seco. Portanto estávamos prontos para partir e batedores elfos já voltavam dizendo sobre o caminho limpo. Como fui interrompida, pelo desmaio, de terminar o que diria. Landriel permaneceu no palácio aguardando que eu estivesse melhor para lhe falar. Para o deleite das damas de companhia da princesa, embora ele sequer olhasse para elas.

Rilan foi falar com os pais e os demais, me dirigi a Landriel, entreguei-lhe um rolo de pergaminho com uma receita que ele leu e me olhou como se eu fosse maluca.

— É a receita de um creme que tem quase o mesmo efeito do feitiço que uso para tornar suas flechas explosivas. Basta lambuzar a ponta da flecha e atirar. – esclareci revirando os olhos.

— Deu isso a seus amigos humanos? – ele se preocupou.

— Nisso nós concordamos orelhudo. Humanos não são tão confiáveis. – sorri sarcástica para ele, que riu alto – Agora me diga, de que modo sabe como nasci?

O único ponto positivo dos ataques regulares dos Sitsas, era o fato de que ele se mantinha amigável comigo por um tempo. Até conversávamos bastante e civilizadamente nesse período.

Ele realmente se tornava meu melhor amigo, conversávamos sobre vários assuntos e eu até me sentia confortável em confidenciar minhas dúvidas mais constrangedoras, que não tinha com quem falar. Fanny, com sua mania de fofocar, estava fora de questão. Penny era um dragão, portanto inútil em qualquer assunto fora esse.

Ele costumava me ouvir, ajudar, esclarecer. Mas infelizmente sempre que eu estava certa de que o antagonismo finalmente terminara ele começava com a palhaçada de novo.

— Embora o nascimento dos demais demônios dragões, não seja um segredo para os elfos. O seu não foi assim, notei isso naquele dia com Nardor e Cacla. Procurei saber e alguém me contou.

— Poderia partilhar o conhecimento.

— Se os dragões não te contaram, eu não posso. Gostaria, mas não posso. O que te disseram?

— Que devo ir a Drácia na hora certa e descobrirei. E mais um monte de enigmas idiotas também. Penny me enlouquece quando quer ser misteriosa. – bufei.

Por quê? O que ela disse? – ele perguntou, mais curioso do que era normal nele, me deixando muito intrigada agora, porque falou em élfico.

Sei lá! Que alguém tinha direito de me reclamar e ainda não o fez, acho que foi isso. Daí quando eu insisti, disse que não era ela que deveria falar sobre isso. Ainda me deu uma série de conselhos mais enigmáticos ainda e simplesmente parou de falar para me ignorar. – desabafei frustrada, também em élfico, era tão natural para mim que simplesmente mudava para a língua dele em reflexo ao que ele dizia.

Notei ele suspirar um pouco aliviado e não entendi, então ele falou de novo.

Que conselhos?

Feiticeira DragãoWhere stories live. Discover now