LANDRIEL:
Não sei como aquela maldita flecha me acertou, mas no momento em que choveram quase duas dezenas de flechas inimigas e lanças sobre nós, fiz meu melhor para manter Juno protegido e mandar todas de volta para os barcos que as enviaram. Só tive tempo de ver que a flecha que se projetava do meu peito estava enfeitiçada, antes de cair desacordado.
Maldito bruxo dragão! – não pude deixar de pensar.
— Filho! Desperte! – ouvi meu pai, Elras, dizer firme para mim.
— Onde está Isis? – foi a primeira coisa que exigi, quando abri os olhos e não a senti por perto.
— Ninguém sabe. – Isabelle me respondeu.
Sentei-me imediatamente ignorando a dor do ferimento que meu pai já curara, mas ainda doía terrivelmente.
— O que aconteceu? – meu pai perguntou.
— Fui atingido por uma flecha enfeitiçada no momento em que desviava algumas dezenas de outras flechas e lanças e atacava os navios. Não sei realmente como aquele bruxo ridículo conseguiu chegar tão longe. – expliquei me levantando.
— Isis enlouqueceu e desapareceu com todos os inimigos, ninguém sabe para onde. Embora conhecendo nosso pequeno demônio temperamental, eu tenha uma boa ideia do que ela fez. – meu pai contou.
— Como ninguém sabe? – me indignei, ignorando o restante do que ele disse.
— No momento em que você caiu ela gritou como se ela tivesse sido atingida e não você. Mas pudemos ver que ela estava ilesa ainda, porque explodiu quatro barcos enquanto entoava um feitiço estranho que reverberou por todo o litoral. – Juno expôs, transformado em humano.
Só então percebi que ninguém estava lutando. Tentei pensar, apesar do pânico e da raiva que me consumiam, e olhei para o ferimento. Eu queria arrancar a cabeça de alguém quando entendi o que aconteceu. Comecei a andar tentando pensar e colocando as mãos na cabeça para tentar parar o pânico com esse ato físico.
— Quanto tempo fiquei desacordado? E o que mais ela fez? – procurei mais informações, tentando me acalmar.
— Você ficou algo em torno de quatro horas desacordado. E ela projetou quatro escudos de teleporte grandes o bastante para passarem quatro barcos dos gigantes por vez, comandou todos para transportar até o último barco consigo. Não sabemos para onde. – respondeu Rilan, que só agora notava ao nosso lado.
— Juno, sabe projetar escudos de teleporte? – me voltei para o dragão transformado, apesar da dor e da tontura causadas pelo feitiço do bruxo imbecil.
— Sei. – Juno prontamente afirmou.
— Vou guiar seu escudo. Precisamos correr. Estou um pouco desorientado, não posso abrir uma passagem ou provavelmente sairia no lugar errado. – peguei minha garrafa de âmbar, tomando um gole que me recarregou imediatamente.
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Feiticeira Dragão
Fantasy**OBRA CONCLUÍDA** Meu nome é Isis e sou uma feiticeira, com muitas histórias exageradas e assustadoras cercando meu nome e meu passado. Bem... Algumas nem tão exageradas assim. Ah! Qual é? Tenho dezenove anos e moro sozinha em uma cabana na Flores...