Capítulo 30

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Ao anoitecer, paramos no primeiro vilarejo de Trentis pelo qual passamos, com Victor e sua escolta

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Ao anoitecer, paramos no primeiro vilarejo de Trentis pelo qual passamos, com Victor e sua escolta. Com Sitsas soltos, os viajantes estavam se mantendo nos vilarejos, portanto ocupando as estalagens.

Então quando fomos procurar por um bom lugar para nos hospedar, só havia dois quartos disponíveis, ambos com cama de casal.

Comecei a pensar que os deuses não estavam apenas me olhando, estavam também me sacaneando, só pode! Victor e o irmão dividiram um quarto, o outro quarto que restava era nossa única opção.

A escolta de Victor, teve que ficar em uma pousada mais simples e próxima, tendo que se empilhar em poucos quartos, devido a superlotação.

Reunimo-nos com Victor e Patrick no quarto deles, onde nos foi servida a refeição. Victor nos contou o motivo de estarem ali, estavam indo selar um acordo de casamento com a princesa Alana. O casamento serviria como uma forma de apoio contra Izaldar, porque Ivar ao espalhar Sitsas por Havgard, estava causando a morte de muitos aldeões e viajantes, prejudicando o comércio entre os reinos.

Portanto, o rei de Trentis esperava que Victor conseguisse apoio de Drakar, para tornar os três reinos seguros e assim fechar um cerco a Izaldar forçando-os a recuar e negociar melhor diplomacia. Agora com Rilan presente, estavam mais confiantes com os acordos, Rilan concordou, desde que Trentis colaborasse com nossos planos.

Victor e o irmão pareceram confusos com essa afirmativa de Rilan, então, contei a eles tudo que aconteceu desde que saímos de Corwel, terminando com o motivo do porquê, tínhamos que adentrar nas catacumbas de Trentis, para então acabar com Elora.

Enquanto conversávamos, Abel andava pela mesa lambendo os pratos, depois de ter comido metade da minha refeição, avançou no prato de Landriel também, que simplesmente parou de comer e esperou o bicho guloso terminar de se empanturrar, para depois voltar a alimentar-se.

— O que há na Drácia, para causar tudo isso? – perguntou Patrick, ignorando o gato mal-educado.

Todos olharam para mim. Exalei, decidindo falar o que sabia.

— Existe uma montanha no centro da Drácia, que é cercada por todos os clãs de dragões. No interior dessa montanha repousa o núcleo de poder mágico de todo nosso mundo. A energia vital. Se alguém fosse forte o bastante para chegar lá e absorver essa energia, nosso mundo morreria. – contei.

— Como sabe disso? – Rilan se surpreendeu.

— Penny, contou que esperei três gerações drakarianas para despertar. Minha idade humana é contada a partir do dia em que realmente abri os olhos para essa vida, portanto agora vinte anos, mas não tenho realmente essa idade. Estive na Drácia, mesmo que adormecida pela maior parte do tempo, por quase duzentos anos antes disso. – contei.

Todos me olharam estarrecidos, menos Landriel, que parecia entediado, como se já soubesse de tudo.

— Assim como todos os bebês dragões que nascem lá, fui apresentada ao núcleo. Não posso descrevê-lo, mas é forte demais para que não me lembrasse de absolutamente nada. Qualquer dragão pode sentir esse poder e dará a vida para protegê-lo. Quando completei dez anos decidi perguntar à Penny, sentia falta da energia, ela então me contou a localização. – esclareci.

Feiticeira DragãoWhere stories live. Discover now