Capítulo 22

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O gato pulou do meu braço para o chão, miou para mim e correu. Nem pensei apenas o segui.

— Ei, dá pra ir mais devagar? – arfei para o gato, algum tempo depois, não sabia por quanto tempo seria capaz de correr mais.

Meus pulmões queimavam, minhas pernas doíam e eu começava a tropeçar em meus próprios pés. Mesmo com o feitiço tonificante o gasto de energia foi absurdo.

O gato virou bruscamente e entrando na fresta de uma rocha, que eu nem vira. Me esgueirei pelo buraco, agradecendo, pela primeira vez, minhas medidas minúsculas. Dificilmente qualquer perseguidor conseguiria passar por ali para me seguir.

Ainda segui o gato, por vários corredores apertados de pedra, antes que se alargassem. Quando pensei que estava próxima do centro da terra chegamos a uma grande câmara subterrânea com um lago repleto de plantas fluorescentes.

Já ouvira falar desse lugar! Se estivesse certa, me movi na direção errada e estava agora em Plaiates no extremo sul do continente. Nem fazia ideia de como consegui chegar tão longe.

— Melhor! – suspirei covardemente feliz por adiar minha decisão.

Olhei atentamente à minha volta, vi o gato sentado se lambendo perto da água e vi algumas fadas minúsculas sobrevoando do outro lado do lago, temerosas de se aproximarem.

Me sentei perto do gato, e bebi do lago com as mãos em concha, não tinha um pingo de magia, nem para conjurar uma caneca.

Estava exausta! Precisava descansar. Estar em um reino de fadas era o melhor lugar no mundo para isso. Ninguém poderia me seguir ali. Tudo bem que estava isolada do mundo também, sem comunicação com ninguém, mas pelo menos estava segura.

Oi. – uma fadinha me cumprimentou de longe em sua língua.

Oi querida. Não estou aqui para ameaçá-las, apenas preciso de um lugar para descansar um pouco. – respondi.

Meu conhecimento da língua dela, foi o suficiente para ter quase uma dezena de fadas à minha volta em segundos e reconhecer a senhora deste reino entre elas.

Você é realmente a criança dragão? – a senhora das fadas se aproximou.

Sim, Isis a seu dispor, minha senhora. – fiz um cumprimento com a cabeça.

Soubemos que foi capturada e estava presa ao meio dragão.

Consegui me livrar, mas não me dirigia para este lugar. Acho que cometi um erro na fuga.

Não criança, foi seu familiar. Ele a trouxe, porque tem uma missão importante antes de encontrar seu príncipe e matar o meio dragão. Ele sabe disso.

Desculpe? Meu familiar? – franzi a sobrancelha, nem me dirigia para o "meu príncipe", estava realmente confusa agora.

Abel, o gato. Quando conjurou o feitiço errado ele foi enviado a você para que não se matasse. Familiares são animais mágicos ligados a feiticeiros.

Feiticeira DragãoWhere stories live. Discover now