Epílogo

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Descobri nos dias subsequentes que agora a responsabilidade de guardiã, em conjunto com Landriel, se ampliara

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Descobri nos dias subsequentes que agora a responsabilidade de guardiã, em conjunto com Landriel, se ampliara. O cajado ao absorver as pedras verdes nos tornou responsáveis pelo outro continente também. Por sorte Landriel sabia se comunicar com os gigantes e assumiu para si esta incumbência, me explicando que os gigantes em sua terra, eram o equivalente aos dragões em Havgard, por isso nos atacavam, assim como os dragões os atacavam. Um não queria a possibilidade de seu mundo ser invadido pelo outro.

Ele resolveu isso, para manter cada espécie em sua própria terra. Diminuindo assim as incursões de ambos a terras distantes e possibilitando que os gigantes se recuperassem de meu ataque.

Landriel tanto quanto eu, não fez qualquer menção a sairmos da Drácia, acho que porque sabia que eu não queria, tendo se instalado comigo na minha, agora nossa, casa/caverna.

Juno ainda vinha e ficava conosco sempre que podia e não estava ocupado com suas funções junto de nosso pai.

Sempre tínhamos visitas de nossos amigos, principalmente de Fanny que dizia que o bebê precisava de sua boa influência para não se tornar um selvagem como o pai. O que me fazia gargalhar muito da indignação de Landriel dessas observações.

Passei nove meses com aquela criança dentro de mim e não consegui escolher um nome para ela. Simplesmente não tinha ideia de como chamaria meu filho! É ridículo, eu sei, mas repassei centenas de nomes na mente e nenhum combinava com ele. Com a imagem nítida que o cajado me deu dele no dia em que descobri que o carregava.

Landriel escondeu o cajado de mim, para que não evocasse outra imagem dele e descobrisse o nome que ele teria. Sempre que lhe dizia que não conseguia encontrar o nome do bebê e que assim seria mais fácil, ele ria de mim e me beijava.

O bebê já estava para nascer e eu estava agora desesperada.

- Posso pedir ainda mais uma honra para meu povo e minha família? - ele me disse no dia que decidi que não ia pensar mais sobre isso. O primeiro nome que me viesse à mente quando olhasse meu filho seria o dele. Pronto! Resolvido.

- Acho que nós dois agora somos parte da sua família. Ou estou errada? - ri dele passando a mão no ventre, enorme agora pela proximidade do nascimento.

- Gostaria que ele recebesse o nome do meu bisavô. O maior guerreiro registrado em nossa história.

- Já estou até vendo o nome velho e horroroso. - brinquei bufando - Qual é o nome medonho que você quer por no meu filho? - terminei cruzando os braços e levantando a sobrancelha para ele que riu.

- Se não quiser, continue procurando. - ele rebateu.

- Fale de uma vez! Sabe que eu fico curiosa fácil, droga!

Ele gargalhou, mas falou.

- Uriel.

Eu não acreditei quando senti o nome. Esse era o nome do meu filho, sempre foi. O bebê me chutou, como se dissesse: Pronto! Agora pare de tentar me colocar os nomes idiotas que você não para de inventar.

Feiticeira DragãoWhere stories live. Discover now