Capítulo 40

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Olhei à volta, estávamos na caverna do banho de novo. Não vi nenhum rolo de pergaminho, livro ou o que fosse de escritos sagrados, mas me preocuparia com isso no dia seguinte, por agora, me estabelecer.

— Como vai morar aqui? – Rilan olhava a entrada da caverna, preocupado.

— Me preocupo com isso amanhã. Vamos providenciar acomodações para esta noite. Papai tem razão, estamos exaustos. – decidi.

Já que tinha o cajado e podia evocar o que quisesse, podia dormir em uma cama de verdade. Evoquei tudo! Isso mesmo, tudo! Até a última caneca que havia na minha cabana. Usei magia para limpar a caverna toda, fazendo-a brilhar. Arrumei tudo sem divisórias de ambientes. Coloquei temporariamente minha cômoda de roupas ao lado da cristaleira para manter as camas escondidas da abertura da caverna que eu teria que dar um jeito de fechar, mas não hoje.

— Aquela cama é para você. Não aguento mais de cansaço. – evidenciei a Rilan, me deitando com o mesmo vestido que estava. Cansada demais para me preocupar com roupas.

— Obrigado! – ele disse, também se jogando na outra cama ao lado da minha.

O ouvi gemer de prazer ao se aninhar no colchão, puxando os cobertores que separei para ele, acima do corpo e ri.

Estava realmente feliz, por uma boa noite de sono e por tudo que vivi hoje. Sentia ainda os lábios de Landriel nos meus, seu corpo... Isso ainda me deixava extasiada, tentando me convencer de que minha mente não inventou tudo e que realmente aconteceu. Mas nem esse êxtase durou muito, pois a exaustão me levou para os braços do sono. Dormi profundamente, enrolada em meus cobertores.

Acordei ao nascer do sol com um braço desconhecido caindo sobre a minha cabeça, pulei para fora da cama, pela surpresa. Rilan assustado com a minha súbita aparição a seu lado caiu da cama.

Estava agora dividida entre curiosidade e surpresa, pelo homem na minha cama e a vontade de gargalhar de Rilan, levantando do chão desorientado. Voltei minha atenção para a pessoa em minha cama e Rilan, parou a meu lado olhando também.

Era um garoto! De cabelos louros escuros. Certamente mais novo que eu, embora fosse bem mais alto, pela silhueta na cama, possuía músculos até que já bem formados nos braços, estava todo enrolado nos meus cobertores o que me impedia de ver o restante de sua constituição física.

Pelo jeito estava ali a noite toda e estávamos tão profundamente adormecidos que não notamos sua entrada. Ele abriu um olho preguiçoso, olhou para mim e Rilan em pé, chocados, e sorriu sonolento.

— Voltem a dormir seus malucos, ainda mal amanheceu. Papai, não impôs horário para colocar a porcaria do escudo mágico. – ele falou arrastado, voltando a fechar o olho.

— Juno? – indaguei perplexa.

— Ele é aquele dragão que conheci na tarde que fomos buscar Hendrix? – Rilan voltou-se para mim, atônito. Ambos olhamos para o garoto.

Feiticeira DragãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora