Capítulo 27

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Viajar com um elfo é um inferno!

Eles não andam moderadamente a cavalo e seus cavalos correm como o diabo. Andara a cavalo com o gentil cavaleiro pelas grandes pontes, mas foi apenas um dia e o homem era calmo. E no dia anterior, estava estressada com os Sitsas, portanto não me atentei ao que seria realmente viajar a cavalo.

Para evitar sermos vistos ele escolheu desembestar com o cavalo por entre as árvores e que se dane se consigo ou não me segurar. Estava começando a pensar que ele estava se vingando porque eu tinha a merda do pacto para resolver.

Abel não reclamava, porque agora seguia dentro da bolsa, que Landriel tirou de mim e abriu para ele entrar, colocando no próprio ombro. Que inveja!

Não, eu tenho que sacolejar e me agarrar à porcaria do elfo se não quiser quebrar o pescoço sendo arremessada do cavalo! – pensava mal-humorada.

Se houvesse algo com o que lutar nos dois dias em que galopamos desesperados... Que Landriel se virasse, porque eu certamente estava impossibilitada! A última vez que pedi que parasse por alguns minutos para me aliviar, ele me olhou como se quisesse me estrangular.

Meu traseiro doeu durante o primeiro dia inteiro! Depois formigou para então adormecer. Agora já nem tinha certeza se ainda tinha um traseiro ou se ele não caiu pelo caminho.

Claro que já viajei muitas vezes montada, mas em um dragão! Muito maior e ele voava, não dava trancos no chão a cada trotada.

Começamos a subir as montanhas sombrias ao anoitecer do segundo dia. Só então percebi que ele economizou cinco dias que levaria sozinha para chegar ao mesmo ponto. Se eu sobrevivesse poderia ser uma vantagem.

Landriel não parou nem quando deixei de enxergar um palmo diante do meu nariz com a neblina noturna do lugar. Não tenho ideia de como ele e o cavalo se guiavam por aquele breu.

— Como sabe para onde ir? – não me contive.

— É um templo sagrado. Tem energia. Posso sentir para onde ir.

— E o cavalo também?

Ele gargalhou.

— Ao contrário de você, estou acostumado a cavalgar.

— Jura que sabe que nunca viajei à cavalo na vida? Nem percebi. – ironizei.

— Veio gemendo metade do caminho na minha orelha e me apertando quase sem me deixar respirar, nem que quisesse poderia ter deixado de notar. Nem acreditei quando parou de gemer. – me alfinetou.

— Isso foi quando meu traseiro caiu, há algumas dezenas de quilômetros atrás.

Ele gargalhou de novo.

— Pode rir. Vou colocá-lo nas costas de um dragão pelo mesmo tempo que esta maltratando minhas partes baixas nesse cavalo. Veremos então quem ri.

Feiticeira DragãoWhere stories live. Discover now