A Trigésima Oitava Carta

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Campos Verde, setembro de 2019

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Campos Verde, setembro de 2019

Querido, Moabe.

Essa madrugada eu estava orando (meus pais me fizeram criar o hábito de orar praticamente toda madrugada) quando a coisa mais maravilhosa aconteceu. Eu falei a língua dos anjos e foi extraordinário. 

Eu ainda não me batizei, Moabe, mas tomei a decisão de no próximo batismo descer às águas, será em março do próximo ano e já não vejo a hora desses quase seis meses passar… Mas uma coisa tenho certeza, eu renasci pelo Espírito. Não sou mais aquela mulher tão  insegura e dominada pelo medo, eu ainda tenho medo, ainda tenho inseguranças sobre algumas coisas, porém, de um modo geral, me sinto absolutamente outra pessoa e completamente segura. Pois sei que por mim mesma nada sou, contudo, optei ser prisioneira em Cristo Jesus onde desfruto da maior liberdade que há, o renascimento em Cristo onde escolho (com o livre arbítrio que Deus concedeu a todos nós) todos os dias ter minha vida governada pelo Espírito Santo.

Eu era a ovelha perdida, mas o Bom Pastor deixou as noventa e nove no aprisco e foi me resgatar das mãos do lobo. Ter me trago a Campos Verde foi apenas o início deste resgate, pois aqui, onde primeiro me reconcectei com as pessoas importantes, meus irmãos, meus pais, Ruth e depois comigo mesma ao me dedicar a atividades simples como a feira, os serviços da horta e até mesma a cozinha reencontrei o Deus que sempre esteve comigo, apenas esperando que eu desse o primeiro passo na Sua direção. 

Eu sou uma mulher que encontrou seu Deus. 

Não qualquer Deus, mas O Deus. Aquele que me criou de propósito para um propósito, onde eu no auge dos meus vinte e três anos finalmente compreendi e aceitei que há um propósito para minha vida e tudo bem ainda não saber qual é, afinal, sou o vaso e Deus o Oleiro Perfeito. 

O meu Oleiro Perfeito. 

O Meu Deus.

O Deus que sempre me amou e sempre me amará.

Com amor, 
Laura

[CONCLUÍDO] CARTAS À MOABE - O Encontro de Uma Mulher Com Seu DeusWhere stories live. Discover now