Capítulo 2

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**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

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PAMELA DE LA TORRE


Eu só me senti amada, verdadeiramente, por Melina.

Nesse tempo todo só senti amor genuíno vindo por Melina.

Eu não sei explicar, nem sei se tem explicação, mas meus pais nunca me amaram, nunca demonstraram qualquer interesse a mais em mim.

Hoje eu tenho vinte e dois anos, na real, já falava que tinha vinte e dois anos há um tempo, porque... Porque eu nem me importo mais de contar quantos anos tenho.

Apenas conto quantos anos Melina já não está aqui...

Aniversário só era legal na infância, não porque eu tinha festas, nunca tive, mas na escola ainda cantavam parabéns para mim, e umas colegas levavam alguns doces e salgados e fazíamos uma espécie de ''piquenique''. Porém, na adolescência, eu já era uma esquisitona. Aquelas amigas já eram populares, até que eu ainda andava com elas, mas não tínhamos a mesma vibe.

Aniversário não era mais mencionado, quer dizer, somente no Facebook, pois algumas pessoas recebiam a notificação da data e me davam parabéns. Como não uso mais o Facebook, nem eu mesma lembrava o meu aniversário.

Talvez tenham postado algo no Instagram, mas tem alguns dias que não entro no meu perfil. Entrei apenas pelo fake, para me martirizar vendo as postagens onde minha mãe elogia sua filha mais velha e sai para jantar com meu pai.

Meus pais nunca se importaram comigo, quer dizer, eles dizem que sim, eu sinto e sei que não.

Adriana também não tinha festa de aniversário. Fomos de família carente a classe média alta em alguns anos, no entanto, mesmo quando não tínhamos dinheiro, pelo menos um bolinho Adriana tinha, e eu?

Nem todo filho mais novo será mimado pelos pais. Eu fui ignorada... Só prestaram atenção em mim quando comecei a ficar com Leandro.

— Ah, sei lá, Pam. — olho para Evelyn, a minha chefe. — Não sei o que aconteceu com vocês no passado, mas, nessa semana, é a terceira vez que ele vem te procurar. Ou ele fez muita merda e está mega arrependido, ou ele te ama tanto que quer te conquistar.

Leandro fez muita merda?

Olho para o lado de fora do salão, tentando não pensar muito no assunto, mas sempre penso.

Considerei uma traição quando Melina morreu e cinco dias depois Leandro estava em uma orgia, mas eu estava fragilizada e minha mãe começou a dizer que se eu tomei muito remédio, ele poderia ter bebido muito e feito merda, ou seja, erramos. Mas eu sempre senti como se ele não tivesse sofrido com a morte, mas sempre que penso nisso... Eu me sinto escrota.

Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)Where stories live. Discover now