Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)

Capítulo 10

**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

Gianluigi Bianchi

Entro no gabinete do governador e a secretária pede para esperar.

Preciso me livrar de Gallardo rapidamente, matá-lo só vai me prejudicar, afinal, ele sempre está na minha cola e serei o principal suspeito. Porém, eu posso me livrar dele afastando-o do cargo.

E sei como farei isso, Gallardo ainda está com as crianças, e nem ao menos comunicou sobre as crianças encontradas. Posso não ter grandes contatos aqui dentro do governo, mas tenho alguns na polícia que me informam sobre essas denúncias, afinal, preciso saber como andam meus negócios.

Minha irmã e meu cunhado já morreram.

Gostaria de dizer que senti alguma tristeza pelas perdas, mas eles são os maiores causadores do meu sofrimento. Acharam até que sairiam impunes dessa história. Que por eu ter algum apreço por eles, não causaria nenhum mal, não me vingaria.

— Seu chefe acha que me fazendo esperar, fará com que eu desista dessa conversa?

— Oi? — a secretária parece confusa. — Eu não entendi o que quis dizer.

Levanto do sofá e vou até a mesa da secretária.

— Eu quero dizer que seu chefe está retardando a conversa pensando que perderei minha paciência e irei embora? — sou mais claro. — Pode falar com ele que eu tenho paciência e uma hora ele terá que sair da sala e me encarar.

— Eu acho que ele não tem medo do senhor.

Essa vaca realmente falou isso com deboche?

— Sabe quem eu sou?

— Gianluigi Bianchi, sei quem você é.

— Sabe quem eu sou? — repito a minha pergunta.

— Eu já falei seu nome!

— Fedelha...

— Eita, calma, cara! — ela ri. Quem ela pensa que é? — Pra que tanta raiva?

Como é que é?

— Qual o seu nome? — pergunto. — Que porra de tratamento acha que está me dando? E que espécie de secretária você é?

— Sabe, Gianluigi, você precisa aprender a tratar as pessoas...

— Agora uma secretariazinha tentará me ensinar a falar com pessoas? — é a minha vez de rir. — Vocês querem me irritar mesmo, não é?

— Não, imagina. — levanta da sua poltrona e bufa, e ela faz isso com tanta força que sua saliva vem no meu rosto. — Minha saliva vale mais que você, cara!

— Eu vou acabar com você! — limpo meu rosto. — Você vai comer na palma da minha mão, sua putinha. Não gosto de negras, mas você servirá muito.

— Não gosto de velhos como você. Velhos que precisam de viagra para ter uma ereção, que se masturbam com pornografia infantil, com um crime tão horrendo, que tocam em crianças...

Quem é essa garota?

Mas ela sabe muito!

E devo ter cuidado a partir de agora.

Maldito governador!

— Do que está falando? — pergunto, fingindo estar ofendido.

— Não seja tonto, seu velho escroto! Sabemos o que faz.