Capítulo 15

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**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

Moisés De La Torre


— Melina é a garota mais incrível da face do universo! — Bruno entra na sala onde estou, à espera da minha extradição. — Sério, agora estou preocupado com Pamela, provavelmente desmaie de emoção. Antes ela tinha medo de Melina não a amar, mas a garota é completamente louca pela mãe. E por mim também.

— Eu inseri todos vocês a vida dela. — olho para Bruno nesse momento. — Preparei o terreno para as novas pessoas em sua vida. E se possível, não separe a Crô de Melina, ela não trata como mãe, caso tenha essa preocupação. Mas é que estão juntas há anos, e Crô também tem licença para dar aulas em casa, então...

— Não, claro. — Bruno concorda comigo. — Não vamos separar as duas, quer dizer, os três, tem o Mauricio também. E creio que Pamela precisará de ajuda, ou melhor, todos nós. Ainda não conhecemos Melina por completo, seus gostos, suas alergias, remédios...

— Antes de Melina dormir, verifique debaixo da cama, ou ela mesma vai verificar e bagunçar tudo.

— Medo de monstros?

— Não, ela nunca acreditou em tal coisa. Melina tem muito medo de barata. Ela não tem medo de aranha, por exemplo, mas morre de medo de barata. Depois que uma subiu em sua perna, enquanto dormia, ela criou trauma e verifica sempre debaixo da cama e das cobertas. E, infelizmente, ainda não tiramos esse trauma dela.

Lembro o seu escândalo quando a barata subiu na sua perna, na verdade, mordeu. Mas para ela não ficar mais apavorada, eu disse que baratas não mordem.

— O que mais Melina faz?

— Ela vai fazer uma aposta a qualquer momento, e mesmo que ela perca, ela vencerá, porque ela pode falar algo do tipo ''Se eu perder, eu como beterraba durante dois meses'', ela ama beterraba. Então aposte berinjela, ela vai recuar na hora.

— Odeia berinjela. Anotado.

— Odeia peixe, mas ama pizza de atum.

— Sério? — confirmo. — Eu e Pamela amamos pizza de atum.

— Eu dei a pizza para Melina falando que atum é uma parte da carne de boi, ela comeu, depois contei que é peixe, mas ela apenas ignorou esse fato. Ela vai ler o dicionário inteiro, mas regre, porque ela pode ficar louca com tanto conhecimento adquirido. Ela odeia a Barbie e qualquer boneca menor que um bebê. Ela também odeia desenhos de heróis, acha entediante, mas é louca por uma tal ''Kim Possible'' e ''Três espiãs demais'', e ela vai assistir tudo, várias vezes. Também ama história e detesta geografia... — respiro fundo, não conseguindo explicar tudo. — Tem muita coisa sobre Melina, aos poucos vão descobrindo.

Bruno arrasta a cadeira e senta a minha frente.

— Você acha que é psicopata?

— Me diagnosticaram dessa maneira.

— Eu fiquei nessa dúvida por semanas. — encolhe os ombros. — Você precisa matar porque tem raiva, Pamela se drogava porque tinha raiva. Tem gente que bebe quando tem raiva. Tem gente que tem saco de pancada para canalizar a sua raiva. Já pensou que você pode ser uma pessoa que não consegue controlar a raiva por algum outro transtorno?

— O que explica o fato de pensar em matar a minha mãe desde criança?

— O fato que você não foi tratado. Existem vários psicopatas pelo mundão, e nem todos vão matar ou fazer algum mal. Mesmo assim, não consigo enxergar você desse modo. Você é calculista. É frio quando se trata de alguém que você quer matar. Pamela contou que quando ainda estavam naquela casa, você falou algo sobre ela não ser sua filha, mas é sua sobrinha, e não faria mal a ela. Você fez questão de enfatizar tal coisa. É como Gallardo falou, o problema é que você matou pais que apenas batiam nos filhos.

Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)Where stories live. Discover now