Capítulo 2

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**REPOSTADO NOVA VERSÃO**


Moisés De La Torre


Uma coisa precisa ser mencionada aqui: Bruno será um bom companheiro para Pamela e Melina, quer dizer, ele já é bom para Pamela, com certeza será ainda melhor para Melina.

O modo como ele está a minha frente sem tremer, sem gaguejar, sem desviar o olhar... Como está sereno.

Ele é herdeiro de um cartel de drogas, de qualquer maneira.

— Mafiosos tem treinamento para serem calmos em qualquer circunstância? — indago, é o momento que Bruno apenas franze o cenho, pensativo na minha pergunta, mas eu já sei o que ele está indagando. — Sim, eu sei sobre sua vida. E sei da sua família mafiosa e uma prostituta. Sua mãe morreu e seu pai biológico, bem, simplesmente sumiu e presumo que morreu. A partir do momento que soube do seu contato com Pamela, pela primeira vez, eu procurei saber da sua vida. Espero que já tenha chegado à resposta de programa espião no celular de Pamela, espero que já saiba disso, ou descerá no meu conceito.

— Que conceito?

— Conceito de homem inteligente e apto para estar diante dessa situação. — dou de ombros. — Você me entende, Bruno.

— Na verdade eu não entendo. Vendo suas ações, tento entender se faz algum sentido.

— E o que precisa ter sentido?

Já estamos sentados no banco da praça, com uma mesa nos separando. Andamos um lado do lado do outro para virmos nessa mesa, Bruno nem ao menos está demonstrando tensão.

— Vamos lá, Moisés, sobre o que é esse encontro aqui?

Sorrio um pouco para ele.

— Eu poderia desconfiar de você, Bruno. Sugerir que tem uma escuta aí, mas não desconfio e nem te revisto.

— E como estabelecemos esse nível de confiança?

— Você é inteligente, sei bem disso. Inteligente e com pessoas armadas ao redor. — cruzo meus braços. — Ok, vamos sem enrolação agora. Bruno, quando começou a conversar com Pamela, eu não liguei muito para o assunto, porém, algo em mim mandava pesquisar sobre você, porque Pamela estava cada vez mais sóbria e algumas pessoas perderiam com a sobriedade dela. E você, Bruno, poderia ser um deles. Poderia ser um infiltrado dos Bianchi. Por sua aproximação com Pamela, desconfiei e preferi investigar. Então, agora tenho uma confiança em você.

— Pensamos que você seria o perigo para a sobriedade de Pamela.

— Foi engraçado escutar todas as acusações contra mim. Porém, foi uma boa linha de pensamento e de estratégia. E por isso mesmo eu comecei a agir. Eu quis impedir o plano de vocês.

— O seu plano não foi alterado pela doideira de Morgana?

— Não, eu alterei meu plano para impedir vocês.

— Por quê?

— Porque seu plano daria certo, na verdade, deu certo. Soube da movimentação na polícia da cidadezinha, Gallardo estava por lá. Mas confesso, eu achei que o cartel estaria no assunto, me surpreendeu usar uma pessoa da lei. Não seria muito difícil de conseguir testemunhas sobre sequestros de crianças, sobre a associação das famílias nessa história e sobre a abertura do túmulo de Melina. Eu sabia que conseguiriam tudo isso, e eu não poderia deixar. Eu tinha que matar logo. Porque prender não quer dizer estar livre deles, só a morte deles nos libertará.

Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें