Capítulo 5

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**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

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PAMELA DE LA TORRE


É uma luta diária para não cair novamente no vício.

Mas a morte? Ainda quero.

Os sonhos que Melina está viva? Ainda persistem.

E, dessa vez, meus pais estavam gritando, fizeram isso durante toda a noite. A novidade é que eu não era a vítima de tamanho ódio, e sim Adriana.

Eu não sei o que Adriana quer, mas ela disse que não sairá da minha casa, ainda quer morar comigo.

Com uma dor insuportável, que vai da coluna a cabeça, levanto da cama e começo minha rotina do novo dia. Tomo um analgésico, na esperança dessa dor passar.

— Um novo dia. — murmuro, me olhando no espelho. — Uma merda de dia.

Arrumo meu cabelo, faço a finalização mais simples e os cachos já estão preparados para mais um dia.

Os caras dão em cima de mim, não sei se porque sou atraente ou se minha ''fama'' atrai, mas eu não consigo me amar, não consigo ver algo bom em mim...

Eu me odeio tanto!

Saio do banheiro já arrumada e com minha bolsa pronta, preparada para mais um dia no salão.

Antigamente não conseguia fazer nada, meu cabelo ficava um emaranhado terrível, decidi raspar. Sim, raspei tudo e odiei! Meu cabelo natural começou a crescer, o tipo 2C, então decidi cuidar dele. Fui vendo tutoriais na internet, consegui ter alguma distração. Posteriormente meu pai disse que poderia pagar um curso de cabelo e maquiagem, para ver se eu parava de ser uma depressiva. E foi assim que minha vida no mundo dos cabelos começou.

Estava trabalhando na época, em outro salão, mas estava fechando. Procurando por outro emprego, vi que tinha vaga aberta, justamente para cuidar de cabelos crespos e cacheados, foi Evelyn que me entrevistou... Acho que fui aceita porque ela sabe da minha história de vida.

E, segundo minha mãe: É a única coisa boa que ainda resta na minha mente, cuidar de cabelos, mesmo que ela deteste. Porque, de resto, sou mais uma inconsequente que coloca a culpa das merdas na morte de Melina.

Eu odeio esse povo.

Minha vida pertence a eles.

Respiro fundo e saio do meu quarto.

— Bom dia. — assusto-me quando escuto a voz de Adriana, que levanta imediatamente do sofá e olha para mim. — Não conversamos ontem.

— Por que está aqui? — vou diretamente ao assunto. Eu perdi a paciência com todos depois que Melina se foi. — Eu não entendo por que, de uma hora para outra, resolveu vir morar comigo. Nunca fomos amigas.

Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)Where stories live. Discover now