Capítulo 9

1.7K 294 172
                                    


**REPOSTADO NOVA VERSÃO**


Moisés De La Torre


Noite seguinte

— Diga-me, Leandro, o único herdeiro Bianchi, por quê? — depois que termino de amarrá-lo, indago, olhando bem em seus olhos. Olhos que estão vermelhos e inchados, e sua baba que está escorrendo. — Você já tinha milhões de reais, por que vender a própria filha?

— Perdoe-me, Moisés...

— Uou, garoto, pera lá! — dou risada a sua tentativa estúpida de me pedir perdão. — Por que eu deveria te perdoar, se você deveria ter sofrido mais com a ''morte'' de Melina? Pamela sofreu, sabemos disso. E você, Leandro, em uma orgia com várias garotas. Ainda colocou a culpa no álcool, na dor da perda...

— Eu... — gagueja esse ''eu'' mais de cinco vezes.

— Leandro, você nem sabe o que dizer. Você não sente nada, o ''perdão'' é para que eu não te mate, não porque sente culpa e sabe que errou. Porém, tenho lá minhas questões que precisam ser respondidas, e se você me responder, Leandro, estará livre.

Sua boca abre.

Leandro fica boquiaberto com minha resposta.

— Eu sou um avô, Leandro, um avô que descobriu que a própria esposa vendeu a neta. — prossigo. — Sabe o quanto isso me revoltou? Escutar da boca de Morgana que ela mataria nossas filhas apenas porque elas descobriram a verdade sobre Melina? — não foi isso, mas Leandro não tem como saber. — E sua mãe que sempre debochou na minha cara dizendo que sou apenas um ''subalterno''?

— Você matou a minha mãe...

— Ela matou Melina! — grito. — Não foi ela que armou todo o incêndio? Não foi ela que vendeu Melina para a família Ferragamo? Ela destruiu a sanidade de Pamela. Vocês me colocaram nessa história para ganhar a minha simpatia, para que eu não desconfiasse, e a pior parte, meu salário era o pagamento que Morgana teria, mas vocês deram de uma maneira disfarçada. E você nunca demonstrou culpa, Leandro. Mas se você me contar a história toda, eu te largo na estrada e você faz o seu caminho para qualquer canto.

Eu consigo escutar os dentes de Leandro batendo uns nos outros, por causa da sua tremedeira.

— Eu só sei o que Morgana contou. — prossigo. — Quero mais detalhes...

— Foi você quem matou meus tios? — pergunta em um sussurro.

— Vai contar, ou posso começar minha sessão de tortura? — pego um alicate, nesse momento Leandro já grita e pede para não continuar. — Vai contar?

— Sim, eu conto! — ainda sem fôlego, Leandro concorda.

Mas nesse mesmo momento escuto o barulho do carro se aproximando e depois parando. Sorrio, porque sei quem está aqui.

— Quem está aqui? — Leandro pergunta, mais apavorado que antes.

— Você sabe quem é o Bruno, certo? — vejo como engole em seco. — Imagino que não soubesse dele antes... — escuto a batida na porta. — Mas, agora, você já sabe quem ele é.

Vou até a porta, pelo buraco eu vejo que é Bruno, abro a porta e ele me encara por alguns segundos.

— Não é nenhuma emboscada, Bruno. — vou para o lado, apontando para Leandro, que está mais horrorizado que antes. — Imaginei que pudesse gostar de uma boa tortura, ainda mais contra o Leandro.

Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ