Capítulo 12

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**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

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Pamela De La Torre


Olho-me no espelho, após retirar toda a sujeira do meu corpo, e não, não era sujeira real, é algo mais psicológico, se assim posso chamar.

Estava bem, passei o primeiro dia da minha fuga com um saquinho de cocaína na mão, em um martírio, uma confusão, se deveria usar ou não. Por fim algo me dizia que se eu usasse aquela droga, estaria dando vitória a eles, aos meus pais. Naquele momento não entendia do que se tratava, porém, ainda escutava vozes dizendo para não usar. Joguei a droga em um bueiro aberto, como estava de bolsa, tinha dinheiro ali dentro e paguei um hotel bem barato para mim.

Foi uma semana de retiro, quase espiritual. Sofri em paz, lutei contra mim mesma, e, no fim, parecia que estava lúcida.

Revivi aquela noite com clareza, cheguei à conclusão de que sim, aquela voz foi real, disseram que aqueles ossos não eram de um bebê e que nunca ficaria só as cinzas...

Meu plano? Lutar para provar que Melina está viva. Como? Indo até a cidade e pesquisando a fundo. Empecilho? Nunca fui mãe de Melina, e pesquisei na internet, só os pais podem pedir exumação do corpo. E eu, na minha loucura de descobrir a verdade, abriria aquele caixão, porque, a partir daí, eu seria errada, mas levantaria a questão: Como um bebê teria esses ossos?

Por fim, achei loucura, travei. Fui até aquela ponte, não para me jogar, e sim para pensar ainda mais no que fazer e, naquele momento, pensei se alguém procurava por mim. E eles fizeram o que esperei, Bruno, Evelyn, até mesmo Adriana e Luan, que mal me conhecem, me ajudaram.

Mas travei para contar.

Vendo pessoas tão normais a minha frente, achei uma loucura falar em voz alta a minha teoria, ainda mais após uma fuga de uma semana.

Respiro fundo.

Minhas olheiras estão gigantescas e meus olhos estão vermelhos de tanto chorar. Entrei debaixo do chuveiro, sentei no chão e caí no choro, relembrei tudo, esfreguei minha pele para tirar aquela fuligem, as mãos dos meus pais me apertando e dizendo para não correr até o fogo.

Como posso perder minha força tão rapidamente?

Dou uma última olhada no espelho, pego minha bolsa e depois saio do banheiro, indo até a sala e encontrando os quatro reunidos, olhando para mim com seriedade.

— Desculpem-me. — peço.

— Pamela, é sério, pare de pedir desculpas. — Bruno fala seriamente e eu logo me arrependo de toda a merda de fuga que fiz. Morgana está certa, preciso parar de correr a cada palavra ruim que me dizem. — Você não tem culpa.

— Eu preocupei a todos por uma semana... — as palavras de desculpas somem da minha boca, pois não consigo formular nada, agora é como uma névoa. — Eu nem sei o que pensei na hora.

Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)Where stories live. Discover now