Capítulo 9

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**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

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PAMELA DE LA TORRE


Toda a minha dor é colocada para fora nesse momento.

Sempre tive que me referir a Melina como uma amiga, porém, comecei a chamá-la de ''melhor amiga''. Nunca de filha, por mais que quisesse, minha mãe me obrigou a colocar esses ''nomes'' na minha própria... Filha!

Pela primeira vez na minha vida, falo a outro alguém sobre ser mãe. Porque, mesmo morta, ainda sou mãe da Melina.

''Os ossos são grandes demais para ser de um bebê''.

A voz retorna novamente em minha cabeça, sempre retorna. Por anos questionei se foi meu surto que projetou tal voz, ou se alguém realmente tinha dito aquilo. No entanto...

Agora tenho medo, e por ter estremecido, eles me apertam mais no abraço.

Falar abertamente no assunto resultou em internações e interdição, agora que falei para três pessoas, quer dizer, Evelyn já conhecia minha história, não tudo, mas...

— Estou bem agora. — falo e eles se afastam de mim. Eles me encaram, mostrando que não acreditam no que acabei de falar. — Dia difícil, apenas.

— Se quiser falar mais alguma coisa. — Bruno fala comigo. — Estaremos aqui, não é? — todos confirmam e eu sorrio, mas quero chorar novamente.

Se eu não fosse interditada... Se meus pais ainda não mandassem em mim...

Eu sofreria em paz!

Imagino até que se eu pudesse sofrer em paz, não seria tão ferrada psicologicamente. Sempre imagino que sou desse jeito pela dor de não poder ter meu luto em paz, de sempre ter gente me cercando, gente insuportável, no caso.

Porque minha mãe deve me odiar, mas ela está ali, para me encher o saco! Agora será pior com Adriana em casa.

— Muito obrigada. — tento me levantar, como não consigo, Bruno me ajuda a ficar em pé. — Agora preciso ir para casa, descansar um pouco.

— Tem alguém em casa para ficar com você? — Evelyn pergunta. — Não acho uma boa ficar sozinha.

— Tenho minha irmã. — e, possivelmente, meus pais estarão lá para me atazanarem! — Ficarei bem.

— Eu levarei você para casa. — Bruno avisa.

— Irei andando. — aviso e não, não é por querer andar, é justamente para evitar qualquer pergunta da minha mãe, que, com certeza, estará lá em casa. Ela me proibiu de levar pessoas para lá, anteontem ela só não implicou com Evelyn porque Adriana estava ali, mas agora se ela me vir com um cara? Não tenho cabeça para qualquer discussão, mesmo que eu esteja certa dessa vez. — Bom para pensar na vida.

Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)Where stories live. Discover now