Capítulo 13

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**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

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Pamela De La Torre


O chá de camomila servido por Luan desce ainda mais doce. Sei que é cedo para comemorar, mas só de saber que tem pessoas que pensam como eu, que o que escutei foi ouvido por outras pessoas... Sinto uma leveza nesse momento, não tanta, obviamente, pois ainda temos mais coisas para pensar.

Mas Melina não morreu!

Agora eu tenho certeza de que não morreu!

Deus, que eu não esteja errada.

— Como não vi isso antes? — sussurro. — Está claro, meus pais me impedem de pensar!

— Eu percebi de primeira, o jeito como te tratam, como você fica travada após tudo. Eles aprenderam a te controlar. — Adriana fala. — Afinal, não é difícil moldar uma pessoa de treze anos para ser como eles. Ainda mais uma pessoa solitária, depois uma pessoa que sofreu com uma grande perda.

— E nada justifica. — deixo a caneca de lado. — Absolutamente nada justifica tudo o que foi feito. Pois se tudo for real mesmo, e sei que é, não foi apenas por dinheiro, foi para me punir. Eu sou fruto de um estupro e Morgana me odeia por isso. Talvez ela tenha feito tudo isso com Melina motivada por ódio também.

— Sinto muito que tenha passado por tudo isso sozinha. — Bruno senta na minha frente, segurando minha mão. — Leandro também participou de tudo, e continua participando. O que me dá ódio porque ele colocou o nome de Melina no meio como se amasse.

— Na verdade chamou de filho. — olho para Luan, que encolhe os ombros. — É a verdade.

— Eu sempre senti que fui a única a amar Melina, não é uma novidade. — esfrego meus olhos e me encosto no sofá, quase deitando nele. — Por um momento cogitei o aborto, se nem eu aguentava aqueles pais cruéis, como poderia querer minha filha ali? Mas eu sentia amor por ela, eu sentia que Melina mudaria a minha vida por completo. — coloco a mão na barriga. — Senti que, a partir dali, minha vida seria dela e a dela a minha, que seríamos a família uma da outra. Eu nunca senti qualquer sentimento bom vindo de outras pessoas. Mas o sofrimento, traumas, medo e os julgamentos me fizeram acreditar que eles gostaram de Melina em algum momento.

— Você quis acreditar, é diferente. — olho para Bruno. — Nunca acreditou, essa é a verdade.

— E só Deus sabe o quanto estou me controlando para não ir até cada um deles e quebrar aquelas malditas caras... — paro de falar. Aperto meus lábios um no outro, sentindo dor nesse momento. — Alívio de saber que as pessoas pensam como eu e que Melina está viva, mas ódio por todos que fizeram isso. E Leandro, nossa...

Paro de falar, agora fecho os olhos e abaixo a cabeça. Passo minhas mãos pelos cabelos e acabo deixando as minhas lágrimas caírem livremente.

Agradeço por nunca ter acreditado nele, ao mesmo tempo tenho raiva por toda vez que ele me fez sentir culpa sem eu ter percebido seu joguinho psicológico comigo.

Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)Where stories live. Discover now