02_ Abrir as pernas.

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Heaven Quinn

... mas sim, um aluno novo.

- Heaven. - O diretor chamou com a mão no queixo e eu relutantemente desviei o meu olhar do garoto com as bochechas agora avermelhadas. - Este é James Carter, o novo aluno da instituição. Ele vem de um colégio interno muito sofisticado.

Ou seja, ele é rico.

- Muito restrito. - Acrescentou o diretor, agora brincando com o anel de família no seu dedo mindinho.

Ou seja, eles se vestiam de padres.

- E o pai dele tem altas expectativas para este colégio. - Finalizou.

O pai dele espera que ele vire Jesus e ande sobre um mar de vinho em uma semana.

O senhor de cabelos pretos sendo invadidos pela idade me lançou um pequeno sorriso amigável de novo e eu me controlei para não abrir as pernas.

Voltei o meu olhar para o garoto, colocando as minhas mãos atrás das costas. Assim que os nossos olhares se cruzaram, as suas bochechas atingiram um vermelho profundo e ele desviou o olhar.

Eu escondi o meu sorriso satisfeito com o efeito que eu rapidamente causei no Jesus 2.0 e me virei para o diretor que esperava pela minha atenção.

- Eu quero que você leve James para o seu dormitório e que logo depois volte para o meu escritório. - Informou e eu assenti. - Você será responsável por encaixar James aqui.

Encaixar ele na minha buceta ou...?

- Vamos? - Me virei para o James, erguendo uma sobrancelha. O garoto levantou engolindo seco e eu notei uma corrente de ouro no seu pescoço. Uma cruz.

Eu me pergunto como seria sentir essa cruz bater no meu rosto enquanto... Deixa quieto.

Quando ele estava do meu lado, eu tive que inclinar a minha cabeça para trás para conseguir encarar os seus olhos, mas foi inútil, porque aparentemente, para o James, a calvice do diretor era bem mais interessante que os meus olhos.

Eu sempre achei os meus olhos bonitos, então isso pra mim não era ofensa, mas sim, um crime de ódio.

Abri a porta e sai em silêncio, esperando o Slenderman sair e fechar a porta atrás de si.

Assim que a porta de madeira foi fechada, eu abri um pequeno sorriso diabólico.

- Então, você foi expulso? Suspenso? Pego fazendo algo imperdoável no nome de Deus para que os seus pais te mandassem aqui? - Questionei começando a caminhar, mas mantendo o meu olhar no garoto.

- E-Eu- Meu Deus. - Ele piscou várias vezes depois de ouvir as minhas palavras.

Uma onda de calor foi enviada pelo meu corpo quando eu ouvi a voz grossa sair da sua boca.

Deus estava me testando, mas ele sabe que eu caio em todas as tentações.

Ele me olhava em choque, os seus olhos se arregalando por trás dos óculos e fazendo com que as sobrancelhas se erguessem o suficiente para se esconderem nos cachos dele.

- Se você vai começar a rezar pra mim, é melhor ajoelhar. - Sorri e eu vi as suas bochechas voltarem para aquele tom vermelho.

Eu estou considerando chamar ele de Tomate.

O James levou dois dos seus longos dedos para o colarinho da sua camisa, e tentou afrouxar um pouco mais a mesma, o que me fez inclinar a cabeça para o lado e franzir as sobrancelhas.

Eu acho que eu vou me divertir com o James.

- Você não me respondeu. - Apontei e parte de mim só queria escutar a voz dele de novo.

- A parte sobre ajoelhar? - A sua voz tímida perguntou e eu gargalhei.

Talvez o pai dele estivesse certo e ele fosse Jesus 2.0.

Eu devia me ajoelhar diante dele e me arrepender dos meus pecados, né?

- Não. - Me virei pra ele com um pequeno sorriso. - Por que você tá aqui? O que você fez, garotinho bonito?

- Jesus Cristo. - Ele parecia estar tendo problemas respirando. - N-Nada. Eu não fiz nada.

- Então, por que você tá aqui? - Voltei a questionar enquanto virava o corredor dos dormitórios masculinos.

- Por que você tá aqui? - Ele devolveu a pergunta e eu travei.

Me virei e o garoto me encarou com olhos curiosos, e agora ele parecia capaz de segurar o contato visual. Dei um passo na sua direção e notei como a respiração do James se acelerou.

Ignorando como ele parecia estar tendo problemas em respirar, eu me aproximei ainda mais dele, quase fazendo com que os meus seios tocassem o início do seu peito.

Encarei o James, e depois desci o meu olhar lentamente para a sua boca.

Voltei o meu olhar para os seus olhos azuis, abaixando o meu queixo para logo em seguida travar.

Oh.

Os seus olhos não eram azuis.

Eram verdes.

Mordi o meu lábio inferior para esconder o sorriso, enfiando a mão no bolso da sua calça e todo corpo do James travou sob o meu toque.

Puxei a chave do dormitório dele e me afastei.

E mais uma vez, James corou, mas dessa vez, eu achei que ele fosse desmaiar.

- Como você sabia que a chave tava no meu bolso? - Ele perguntou confuso.

- Eu simplesmente assumi que não era um pau duro muito pequeno. - Dei de ombros olhando para o número na chave.

222.

Oh, o diretor não mentiu quando disse que ele era rico.

Todos os dormitórios aqui eram para duas pessoas, mas em casos especiais, quando os pais decidiam pagar algum dinheiro a mais, o aluno podia ter um dormitório para si mesmo.

Eu abri a porta do dormitório e cruzei os meus braços, colocando as minhas costas contra a batente da porta e esperando que o James entrasse no quarto onde as suas malas já esperavam por ele.

Quando eu cheguei aqui, eles me fizeram carregar as minhas malas pelos 5 andares e ainda me deram um perdido no meio do colégio.

Mas eu não vou fazer isso com o James.

Na verdade, o primeiro jeito de encaixar ele aqui, será mostrando a anatomia do meu corpo.

- Bem-vindo a academia. - Falei para o Tomatinho.

continua...

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quando tiver 555 comentários eu posto o próximo cap ainda hoje;)

O Inocente Aluno NovoWhere stories live. Discover now