11_ Irmão de Deus.

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Heaven Quinn

Dentro da minha buceta.

- Oh... - O Nolan sussurrou, mas um sorriso não demorou para subir até os seus lábios. - O importante em questão, minha querida Heaven, é que a gente precisa de você.

- Bando de interesseiros. - Soltei.

- Você é perfeita. - Justificou.

- Eu sei. - Cruzei os braços, a minha resposta preguiçosa e rápida fazendo o James sorrir de lado.

- O James se tornou um membro do time de futebol e você sabe que aquela atividade tá chegando...

- O menino não tá aqui nem faz 4 dias. - Falei chocada.

- Mas o último integrante quebrou a perna, o braço, 3 costelas e a coluna, então a gente precisava de alguém desesperadamente. - Justificou.

Eu apenas fui responsável por quebrar o pau dele.

- Mas enfim, a atividade tá chegando, e é bem importante que a gente tenha o máximo de ajuda possível. - Sorriu pra mim, me virando e agora segurando os meus ombros.

Notei pelo canto do meu olho o James sorrindo.

Tenho o Patati e o Patata no meu cu por acaso?

- Eu não vou ajud-

- E seria incrível se a gente tivesse uma pessoa tão incrível, linda e inteligente como você nos ajudando a organizar o evento.

- Não quer-

- Você não tem noção do quanto eu ficaria grato se você nos ajudasse.

- Foda-se, enfia a ajuda no teu c-

- Você nem vai precisar fazer muita coisa, só tem que ajudar por algumas horas e-

- NOLAN, SEU PEDAÇO DE MERDA, EU JÁ FALEI QUE NÃ-

[...]

O time de futebol todo, o de natação, basquete, vôlei e mais um monte de gente aleatória estavam reunidos no refeitório, prontos para ajudarem na organização da atividade que eu ia comandar.

Eu observava todo mundo da entrada do refeitório, com os meus braços cruzados e me perguntando como eu aceitei participar dessa suruba aqui.

O meu olhar caiu sobre o James, que tinha um pequeno sorriso simpático enquanto ajudava o Nolan a transportar alguns materiais de artes.

As suas mãos em volta dos papéis coloridos tinham veias saltadas que subiam para todo o seu braço e continuavam aonde eu não conseguia ver.

Ainda.

- Ele é um excelente garoto. - A voz do diretor soou do meu lado.

Tenho certeza que ele é um bom garoto.

- Em 4 dias na instituição, ele foi capaz de impressionar todos os professores, e até mesmo, a mim. - Contou e eu endireitei as minhas costas. - Ele parece ser de ouro, não é?

- Não sei. - Soltei. - Não passei tempo nenhum com ele.

- Que bom. - Suspirou e eu franzi as sobrancelhas. - Que continue assim.

O diretor tinha as mãos nos bolsos da calça, a postura relaxada apesar do rosto tenso. As rugas nos olhos do diretor se formaram quando ele semicerrou os olhos, percebendo o meu olhar sobre ele. Ele nem sequer me encarava, toda a sua atenção estava no James, que agora olhava para um grupo de garotas confuso.

- Não destrua aquele garoto. - Falou com tom de ordem. - Como você sempre faz com tudo.

A última parte me fez franzir a testa.

- Eu não sou a minha mãe. - Soltei, com desgosto na voz e incapaz de continuar a conversa.

Sai andando, deixando o diretor na entrada do refeitório.

Tudo que o diretor havia falado passou pela minha cabeça e o meu olhar voltou a cair sobre o James.

Eu vou ter muito prazer em destruir você, James.

Eu conseguia sentir o olhar do diretor nas minhas costas, o que me fez arrepiar e descruzar os braços. Quando me aproximei o suficiente de todo mundo, bati palmas pra chamar a atenção deles.

- Vamos começar! - Falei alto o suficiente.

Eu estava calma, não parecia ser muito trabalho.

[...]

- NÃO, SEU BURR-

- Não xinga ele! - O Nolan brigou quando viu que o comandante do time de futebol estava quase chorando.

Em volta de uma mesa, os capitães de todas as equipas, o responsável do grupo de artes, o Nolan e o James me escutavam atentamente enquanto eu terminava de explicar o plano de organização para as próximas semanas.

Nós começaríamos por tratar de toda decoração necessária e começaríamos cedo para que nenhum imprevisto acontecesse.

Então, hoje, era dia das tintas.

Trataríamos de todos cartazes, posters, cartolinas e outros artesanatos necessários.

Enquanto os sem talento ligariam para promover o evento, conseguir conexões para fornecer e ajudar em tudo que precisássemos para o evento, nós, abençoados, faríamos arte.

Eu já tinha mandado o povo bom de edição para a sala dos computadores para tratar dos posters digitalizados e dos convites. As outras pessoas presentes no refeitório já haviam começado a organizar os materiais, separando as tintas, cartolinas e tudo que seria necessário.

Era um evento grande, que ainda faltava várias semanas, mas que precisava ser planejado já.

Seria um fim-de-semana inteiro, em que os pais viriam para o colégio assistir jogos de futebol, competições de natação, jogos de basquete, danças coreografadas, exposições de artes e muito mais.

- A ideia de termos gente em fantasias como uma atração é ótima, mas não, não podem ser garotas peladas. - Expliquei para o garoto com toda a calma do mundo.

- Podia ser um anjo e um diabo. - O James sugeriu.

- E outros animais também. - A capitã da equipe de natação acrescentou.

Eu assenti, anotando as ideias.

Alguém tocou no meu ombro e eu me virei, dando de cara com o Ken.

Perseguição do capeta.

- Posso te perguntar uma coisa? - Ele sussurrou.

Todo mundo na mesa descaradamente se aproximou pra ouvir a conversa, principalmente o James.

- Não, to sem tempo. - Respondi, me voltando para a mesa mais uma vez.

- Você namora? - Perguntou do mesmo jeito.

Ele deveria ter perguntado isso antes de enfiar o bilauzinho dele em mim.

- Com quem? - Joguei a pergunta.

- To perguntando. - Ele esclareceu.

- Também to perguntando.

- É que eu to interessado em você. - Confessou, sem vergonha nenhuma do grupo de 10 pessoas que escutava ele.

- Muito obrigada, meu irmão de Deus! - Forcei um sorriso, puxando a camisa do Nolan pra ele
tirar o loirinho daqui.

continua...

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quando tiver 4.444 comentários eu posto o próximo capítulo:)

O Inocente Aluno NovoWhere stories live. Discover now