Heaven Quinn
- Fechado.
Ergui o meu queixo, inspirando e recuando para manter uma certa distância do James.
- Senta no banquinho. - Mandei, apontando para o assento de madeira que ficava perto da janela.
O James não me questionou. Ele se sentou no banquinho enquanto eu ia buscar as tintas, pincéis e um lápis.
Ele me observava, obedientemente sentado no banquinho de madeira, que talvez fosse um pouco pequeno demais para ele.
Deixei o meu olhar viajar pelos seus braços e pelas veias saltadas que ali se encontravam.
A camiseta preta simples que ele usava me chamou a atenção e eu abri um sorriso diabólico.
- Seria uma pena sujar a sua roupa. - Comentei me aproximando e o James quebrou o contato visual apenas pra abaixar o olhar para a sua camiseta.
- Seria. - Ele repetiu, semicerrando os olhos, e eu coloquei as tintas na mesa do lado da tela já preparada.
Ele já tinha começado a prever o meu lado diabólico e isso de certo modo me deixava feliz.
- E você ficaria bem melhor sem a camiseta. - Sorri, a minha mão tocando o seu braço e subindo pelo seu ombro para o pescoço, onde eu peguei a sua corrente de cruz na minha mão.
Ergui o meu olhar para os seus olhos adoráveis, que já me observavam como se eu fosse o único ser existente no mundo.
Ainda com a corrente de ouro entre os meus dedos, coloquei a palma da minha mão na lateral do seu pescoço, onde eu podia sentir o batimento cardíaco acelerado do James, que combinava com a sua respiração.
- Tira a camiseta pra mim, garotinho bonito? - Pedi e o James fechou os olhos como se eu tivesse acabado de dizer o melhor elogio pra ele.
Um pequeno sorriso cresceu nos meus lábios avermelhados quando o James começou a tirar a camiseta.
Na minha vida toda de vagabunda, eu já vi muita gente sem roupa, mas apenas o abdômen do James me fez inspirar em surpresa.
Algo pulsou no meio das minhas pernas e o meu olhar correu por cada detalhe do seu corpo que eu agora podia ver.
O seu peito estava firme, com os mamilos escuros, e eu conseguia contar 6 gominhos no seu abdômen.
Eu acho que devo agradecer ao meu professor de matemática por ter me proporcionado a capacidade de contar essa maravilha.
- Me dá a sua mão. - Mandei e quando o James estendeu a sua mão grande com os dedos longos pra mim.
Foi difícil segurar a tentação de colocar ela dentro da minha calcinha.
Peguei a mão e coloquei o lápis nela, me virando para a tela e deixando as minhas costas contra o peito duro do James.
Me sentei na sua perna, sentindo o seu joelho encaixar perfeitamente embaixo de mim. A medida que eu ia me ajustando, ele ia se posicionando cada vez mais no meio das minhas pernas.
Dei tudo de mim, até mesmo o cu, pra não rebolar contra o joelho dele.
- O que você quer desenhar? - Perguntei, posicionando o lápis na tela e mordendo o interior da minha bochecha.
- Você. - Ele sussurrou na ponta do meu ouvido.
Abri um sorriso gigante começando a guiar a mão dele pra fazer um bonequinho de pauzinhos.
Não, não eram pirocas, apenas traços.
Senti o James rir contra o meu ombro e eu continuei o desenho.
Tentei ajeitar o desenho o máximo possível, colocando na tela uma versão minha de Chernobyl.
- Da última vez que eu estive aqui, você tava pintando um quadro. - Ele mencionou e o meu olhar correu para encontrar a tela em um canto da sala.
Era o cenário de uma igreja, onde a sombra do padre era grande, assustadora e demoníaca. Os adultos não passavam de figuras em tinta preta, como se estivessem vazios. E as poucas crianças, olhavam para os pais de forma assustada, tentando os avisar do perigo, mas eram ignoradas.
- Qual foi o nome que você deu para a obra? - Ele perguntou, me pegando de surpresa e apoiando o seu queixo suavemente no meu ombro.
- "Os piores demônios estão na igreja." - Respondi, o meu olhar grudado na pintura e a respiração presa.
Tentei recuperar o meu fôlego, me levantando e me afastando do James, sem querer chocando contra a tela e quase deixando ela cair.
- Eu tenho fome. - Declarei sob o olhar preocupado do James que também tinha se levantado pra tentar evitar que eu morresse assassinada pela minha eu de Chernobyl.
Seria trágico, mas eu acho que mereceria a morte.
O diretor soltaria tanta risada que todo demônio no corpo assombrado dele ia sair correndo.
- Você vai fazer aquela piada do "me come"? - Ele perguntou, a testa franzida e eu imitei a expressão dele. - Algumas meninas já fizeram essa piada comigo. - Esclareceu e eu ergui as sobrancelhas entendendo.
- Eu faria, mas eu realmente tenho fome. - Confessei. - Você tem fome, meu garotinho bonito?
O James parecia ter estremecido, o seu olhar caindo para a minha boca brevemente antes de voltar a subir para os meus olhos e franzir as sobrancelhas.
- Mesmo se eu tivesse, não acho que tem muito que podemos fazer de madrugada. - Apontou.
- Eu me sinto ofendida por você duvidar dos meus métodos como sobrinha do diretor. - Coloquei a mão no peito. - Nós vamos para a cozinha do refeitório.
continua...
BINABASA MO ANG
O Inocente Aluno Novo
Teen FictionHeaven Quinn é uma garota problemática, que parece ignorar o fato que está em um Colégio Interno Católico e comete todo e qualquer pecado que lhe é apresentado. Se metendo em constantes encrencas, quem diria que isso lhe levaria a conhecer o inocent...