47_ Eu corrompi ele.

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Heaven Quinn

- Eu pedi e você aceitou, amor. Eu também te contei sobre a Aubrey. - Se aproximou, me fazendo recuar.

- Quê? - Sussurrei, o meu corpo todo travando antes de dar mais um passo para trás.

Quando que ele poderia ter me contado? A Aubrey tirou a corrente dele ontem antes dos seguranças nos perseguirem, e a última vez que eu vi o James foi na estufa, quando a gente tava estudando a bíblia.

- Eu te contei tudo na estufa. - Ele se aproximou cautelosamente, mas eu continuei recuando, até o meu quadril bater contra a mesa do diretor.

O James ficou na minha frente, o seu corpo invadindo o meu espaço dessa vez. Os seus braços foram para as minhas laterais e as suas mãos apertaram a borda da mesa, realçando as veias que subiam pelos seus braços.

Sendo obrigada a manter o contato visual, eu senti o cheiro viciante do James me invadir.

- Eu te contei sobre como eu encontrei a Aubrey com os seguranças e ela arrancou a minha correntinha quando eu virei o corredor pra eles não me verem. Isso foi bem antes de eu encontrar o Nolan quebrando a cara de um dos namorados da Niani, porque ele pegou todo mundo pelado e a Niani fugiu. O diretor chegou bem depois, mas só encontrou os dois garotos pelados.

Eu não estava prestando atenção no que o James falava na estufa, eu só conseguia prestar atenção nele.

- Eu até achei estranho quando você tentou pegar na minha corrente na estufa, mas eu não falei nada porque no segundo seguinte você...

Ele parou de falar, as suas maças do rosto ficando avermelhadas, uma delas mais vermelha do que deveria pelo meu soco.

- Você pediu pra eu te fazer passar de ano e que você não se importava com o que eu faria. - Ele lembrou, semicerrando os olhos pra mim, me fazendo cruzar os braços. - Na estufa, eu te falei que já sabia o que fazer, e que eu achei que seria boa ideia você colocar sua arte pra exposição na atividade por pontos e como atividade extra. Você assentiu. Várias vezes.

Eu senti o meu corpo travar.

Eu tava travando tanto esses dias que tô parecendo um Nokia.

- Eu até te mandei um bilhete, falando que a professora de artes aceitou te dar pontos extras por você expor seus quadros na atividade. - Ele mencionou e eu arregalei os olhos, franzindo as sobrancelhas em seguida.

- Que bilhete? - Perguntei em choque.

- O bilhete que eu pedi pra te entregarem. - Contou.

- Quem você pediu pra me entregar o bilhete? - Murmurei.

Aubrey. Essa filha da puta crente endemoniada.

- A Niani. - Ele soltou e eu ergui o meu olhar em choque.

A Niani. A mãe da Niani.

Eu não vejo a Niani desde que ela me pegou com o James na estufa.

Eu ergui o olhar para o vermelho na maçã do rosto do James por causa do meu soco.

É irritante como ele consegue ficar um gostoso até com um hematoma se formando.

- Você acha que vai deixar uma marca? - Perguntei, ainda observando o que o meu soco tinha causado.

- Espero que sim. - Ele soltou com um pequeno sorriso de canto e eu semicerrei os olhos desconfiada.

- Se você tentar me denunciar, eu te mato. - Ameacei.

- De que modo, exatamente, pequeno diabo? - Ele provocou, o seu olhar descendo pela minha boca e pescoço.

- Eu consigo pensar em alguns jeitos. - Sorri angelicalmente.

Felizmente, todos os jeitos envolvem água e muita pica.

Sabendo o tamanho da pica em questão, só me resta rezar pela minha florzinha.

Pau grande sempre me assustou.

- Lamento te informar também, mas o meu tio tem essa coisa estranha de não querer me expulsar por nada, então nem mesmo que eu te transformasse em um demônio e colocasse fogo na escola, eu seria expulsa. - Soltei dando de ombros, tentando esconder o meu sorriso.

- Mhm... - O James assentiu, o seu olhar fixo na minha boca, antes de descer para o meu pescoço lentamente. - Faça o que quiser comigo. Sou seu para adorar e destruir.

Eu soltei um pequeno sorriso e ergui as sobrancelhas.

Tentei ignorar o arrepio que correu pelo meu corpo quando eu peguei o pescoço do James e chequei a porta da sala do diretor rapidamente.

- O quão meu você é? - Inclinei a cabeça para o lado e franzi as sobrancelhas.

Ele ergueu o olhar até o meu e eu assisti atentamente as suas pupilas dilatadas que preenchiam quase toda a sua íris.

- Cuidado, garotinho bonito, eu posso quebrar seu coração. - Provoquei, me aproximando o suficiente pra depositar um beijo nos seus lábios rosados, antes de me afastar.

- Por favor, quebre o meu coração, pequeno diabo. - Ele murmurou com um pequeno sorriso, depositando um beijo de volta nos meus lábios.

- É apenas isso que você quer que eu faça com você? Quebre o seu coração de ouro? Ou você quer mais alguma coisa? - Insinuei, erguendo a minha perna e colocando ela no meio das pernas do James.

Ele já estava duro.

- Você. - Ele soltou e eu mordi o meu lábio inferior processando.

- Hm? - Provoquei, tentando segurar o sorriso.

- Eu quero você. - As suas mãos entraram dentro da minha saia, erguendo a mesma enquanto os seus dedos subiam pela minha pele. As suas mãos chegaram na minha bunda e apertaram com força, me fazendo fechar os olhos.

- Aqui? - Pedi, o meu olhar pulando para a porta.

- Sim. Por favor. - Ele assentiu, a sua respiração se tornando pesada quando eu comecei a abrir o cinto dele e abaixar o zíper da calça.

Oh, Deus.

Talvez Jesus tenha decidido voltar sim, mas cometeu o terrível erro de me conhecer.

Eu corrompi ele.

- Me ensine como tocar uma mulher. - Ele pediu depositando beijos molhados no meu pescoço.

continua...

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quando tiver 5.005 comentários, eu posto o próximo:P

O Inocente Aluno NovoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora