9_ Pequeno diabo.

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Heaven Quinn

... sentindo a mão dele apertar a minha coxa.

Me afastei do James, e voltei a me sentar no meu banquinho de madeira.

O garoto de olhos verdes me encarou perdido, tentando entender o que tinha acabado de acontecer.

Mergulhei o meu pincel no óleo e depois na tinta, tentando lembrar onde eu tinha parado na pintura quase acabada.

- E você? - A sua voz grossa voltou a soar.

- Se eu quisesse foder você, você saberia. - Esclareci.

O rosto do James era de puro choque, os seus lábios avermelhados e lubrificados se abrindo lentamente enquanto a sua respiração ficava presa.

- E sinceramente, tem lugares muito mais divertidos pra se pegar do que na cama de um dormitório. - Soltei com sarcasmo.

- Eu tava perguntando o que você tá fazendo aqui. - Ele corrigiu, a voz demonstrando o choque ainda presente.

- Oh... - Arregalei os olhos.

A minha língua tem vários talentos:

Beijar bem e falar merda.

- Eu to pintando. - Falei como se fosse óbvio.

- Tem salas de artes nos outros edifícios.

- Eu acho que eu conheço esse colégio melhor que um garoto que tá aqui nem faz um dia direito.

- Tenho certeza que você conhece muitas coisas melhor que eu.

Franziu as sobrancelhas.

- Mas isso não responde por que você tá aqui.

- Pode ficar tranquilo que isso não é da sua conta, meu parceiro. - Soltei simples, focando na pintura.

- Eu acho que é. - Semicerrou os olhos pra mim. - Eu estou aqui, com você, nessa sala aleatória e afastada de todas as outras, sem mencionar que é em um dos edifícios mais afastados dos dormitórios, e que, se eu me lembro bem, a Aubrey mencionou que você está sendo castigada e observada a cada movimento. Você estar aqui, é um problema, não é?

Eu travei, sentindo o meu coração acelerar.

Não por medo de ser descoberta, mas porque, o garoto que eu achei ser inocente, talvez, não seja tão inocente assim.

- Eu venho aqui pra usar drogas. - Menti dando de ombros.

- Mentirosa. - Sorriu mostrando os dentes e as suas covinhas apareceram.

- Eu resolvo os meus problemas usando drogas, por que isso seria uma mentira? - Ergui as sobrancelhas.

- Não estou falando que você não usa drogas, pulmão preto.

- Então você tá falando que eu uso drogas? - Fingi estar ofendida, tentando me livrar dessa conversa.

- O que você está fazendo aqui? - Insistiu e eu revirei os olhos.

- Eu sou sadomasoquista, eu espanco gente aqui.

Era uma meia verdade.

Eu adoro espancar gente.

- Eu acho isso possível, mas eu sei que você ainda tá mentindo.

- Então, você tá falando que eu tenho cara de puta?! - Arregalei os olhos levantando do banquinho.

- Por que você está aqui, Heaven? - Voltou a perguntar, o seu tom mais firme dessa vez.

Eu não queria ter que chegar nesse ponto.

Tirei a minha camisa larga de botões em um só movimento, ficando apenas de sutiã e calcinha.

Deixei a camisa azul clara deslizar pelo meu braço e cair no chão de madeira.

Era uma madrugada fria e não demorou mais que 2 segundos para que a minha pele se arrepiasse e os meus mamilos ficassem duros.

Os olhos do James se arregalaram, caindo para os meus peitos por um breve segundo e depois voltando para o meu rosto.

Um tom vermelho profundo se espalhou pelas suas bochechas.

Os seus lábios ficaram entreabertos de choque, mas nenhuma palavra saia deles.

Era como se os olhos dele lutassem e se recusassem a explorar o meu corpo, nem que fosse por um segundo.

De um jeito quase impossível, as suas pupilas se dilataram mais.

Admiração.

Ele parou de respirar e acho que nem mesmo ele percebeu.

A sua boca se fechou e ele engoliu seco.

Dei um passo na sua direção, abrindo um sorriso angelical.

O diabo antes de destruir, ele deve conquistar.

Cortei toda a distância entre nós e o James franziu as sobrancelhas quando a minha mão tocou o seu pescoço, erguendo a sua cabeça, para que eu conseguisse ver os traços dele melhor na escuridão.

Passei o meu dedo pela sua mandíbula, roçando a minha unha levemente na sua pele suave.

A minha outra mão passou por cima do seu abdômen coberto ainda pela camiseta branca.

- Você ficaria muito melhor sem isso. - Comentei com a voz baixa.

Ele estava jogando sujo, então eu decidi jogar ainda mais sujo.

O James assentiu e eu dei uma leve risada, porque eu sabia que ele não fazia a mínima ideia que tinha acabado de concordar comigo.

- Toca em mim. - Pedi, fazendo carinho na mandíbula dele e mordendo o meu lábio inferior.

Senti a mão quente do James tocar a minha coxa e eu abri um sorriso ainda maior.

Os seus dedos suaves e cuidadosos fizeram carinho na minha pele sem pensar muito.

- Agora me toca no lugar certo, garotinho bonito. - Provoquei, as bochechas do James tomando um tom ainda mais vermelho.

Os seus olhos se arregalaram e ele apertou a mão na minha coxa.

O James levantou abruptamente e se virou de costas pra mim, o que me fez gargalhar.

Peguei a minha camisa do chão e vesti sem demorar muito.

O James estava com as mãos apoiadas na mesa da frente e olhava pro nada.

Eu me aproximei dele com cuidado, sem tentar esconder o sorriso vitorioso do meu rosto e toquei no seu ombro tenso.

- Vira pra mim. - Pedi com a voz suave.

Eu era um pequeno diabo, e eu sabia disso.

- Não. - Ele falou baixinho e o meu sorriso aumentou.

- Por que não? - Passei o meu braço pela sua cintura e toquei o seu abdômen definido por cima da camiseta de tecido leve.

O James congelou sobre o meu toque, ficando ainda mais tenso que antes.

- Senhor, como se tem multiplicado os meus adversários, são muitos que se levantam contra mim... - Rezou em voz alta e eu cai na gargalhada.

Me afastei dele ainda rindo e sentei no meu banquinho, terminando de apertar alguns botões soltos da minha camisa.

- Você é um pequeno diabo. - Ele sussurrou pra mim.

- Um diabo muito lindo, não? - Ergui uma sobrancelha, mesmo que ele não pudesse me ver.

continua...

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vcs tão gostando do livro até agora?:)

O Inocente Aluno NovoWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu