Bon Voyage, KIM NAMJOON • 8

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Passaporte das Palavras

por _meninadojardim


Capítulo 8

Sétimo e Último Dia

Daquela vez, ao contrário da primeira em que acordamos juntos, ambos estávamos conscientes de cada detalhe da noite anterior. Cada suspiro, cada movimento e cada toque, com ela, a intensidade de tudo era impressionante.

Cathy não pulou para longe dos meus braços ou gritou comigo, e, considerando o tempo em que já estávamos acordados, nenhum de nós dois queria quebrar aquele momento.

Sua mão estava traçando linhas imaginárias em meu peito nu enquanto eu acariciava os seus cabelos lentamente, descendo a minha mão até os furinhos provocativos em suas costas. Aquelas covinhas, com certeza, ganhavam das minhas em sensualidade. A cabeça dela estava abaixo do meu queixo e eu podia sentir as nossas respirações sincronizadas.

Eu não queria ter de me afastar dela.

Queria que as coisas fossem mais simples, queria que pudéssemos olhar só para a frente, sem nos importarmos com todas as coisas que vieram antes daquele sentimento. Seria um belo presente poder me esquecer de tudo e construir algo totalmente novo com aquela mulher magnífica.

Era a primeira vez em que eu queria ser um só com alguém.

De todas as transas, aquela foi, de longe, a única que eu chamei de "fazer amor".

Piegas? Sim. Verdade? Totalmente.

Depois de alguns minutos, Cathy desvencilhou o seu corpo do meu e foi tomar banho, um banho longo que eu acabei tomando como um convite para que eu me juntasse a ela. Eu já estava despido, então, bastou que eu me aproximasse sorrateiramente pelo piso gelado e abrisse o box para pegá-la de surpresa. Foi tão prazeroso vê-la se contorcer de prazer que acabei sendo bem menos cuidadoso do que eu planejara.

Em dado momento, ela me expulsou do banheiro para que pudesse tomar banho "em paz" e, quando Cathy apareceu de toalha caminhando descalça pelo quarto, eu já estava completamente vestido.

Observá-la só me deixava ainda mais convicto do meu encanto irrevogável por ela e, quando nossos olhares se cruzaram, eu soube - nós soubemos - que aquele dia seria de despedida.

O meu vôo sairia às dez horas da noite e eu só conseguia pensar que eu deveria estar contente por ter cumprido a missão da viagem, ao invés de me sentir como se alguém estivesse pisando no meu coração com uma chuteira de futebol.

Deve ser por isso que as pessoas não querem se apaixonar.

O livro já estava quase terminado, faltava apenas algumas páginas da cena final, porém, eu não estava me sentindo pronto para finalizá-lo. Para todos os efeitos, eu faria aquilo quando pousasse em solo sul-coreano.

Não poderia evitar o fim para sempre.

Passar a noite com ela foi como ganhar um presente que eu nem sabia que ganharia, tínhamos feito de tudo, inclusive, conversar sobre as nossas "opções" de futuro. Infelizmente, nenhuma delas parecia justa para nenhum de nós.

Eu não podia forçá-la a ir embora comigo se, nem mesmo eu, poderia largar tudo e vir morar com ela.

Então, decidimos que tudo o que poderíamos fazer era aproveitar ao máximo cada segundo que pudéssemos, juntos.

Bon Voyage • BTSOnde as histórias ganham vida. Descobre agora