Bon Voyage, PARK JIMIN • 1

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por mclarah

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Capítulo 1
Me gusta Riviera Maya

Piés, para qué los quiero si tengo alas pa' volar? (Pés, pra que te quero, se tenho asas para voar?)Frida Khalo

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Piés, para qué los quiero si tengo alas pa' volar?
(Pés, pra que te quero, se tenho asas para voar?)
Frida Khalo

"Radio reloj, cuatro de a mañana (rádio-relógio, quatro da manhã)"

Meu corpo demorou um pouco para entender que já era hora de despertar, ainda mais depois de uma noite regada a bastante cerveja e tequila na confraternização dos funcionários do resort Grand Sirenis*. Passei a mão algumas vezes pelo rosto e me levantei com cuidado para não acordar Juan que dormia na cama ao lado e, com certeza, acordaria cinco minutos antes do horário de abrir a piscina. Ele era salva-vidas responsável pela "área de lazer aquática", que incluía um grupo considerável de piscinas, e havia derramado bastante tequila na noite anterior (não que eu tivesse moral para falar alguma coisa).

Tomei uma ducha rápida, querendo espantar o sono e a ressaca, e me certifiquei de passar bastante protetor solar, em especial nas tatuagens na clavícula, costela e braços (sim, eu sou cheio delas). Não poderia me esquecer das minhas duas novas tatuagens nos dedos da mão direita que demandavam muito mais cuidado já que ainda não havia nem um mês que fora ao estúdio em Cancún só para fazê-las (e a cada viagem elas aumentavam).

Mesmo que ainda fossem quatro da manhã e não houvesse nem sinal do sol, quando ele despontava na Riviera Maya não havia sombra que salvasse. Além de que eu não sabia quanto tempo duraria a desova das tartarugas e se teria tempo de passar no quarto antes da minha escala às 10h para cobrir o aluguel de canoas e jet skis na praia do resort. Ou seja, era melhor me cobrir de protetor do que ter uma insolação ou arriscar ver minhas tatuagens desbotadas.

Peguei uma maçã e uma garrafinha de água na cozinha dos funcionários que, apesar do horário, já estava agitada para preparação do café da manhã servido no salão principal a partir das seis da manhã. Em seguida, tirei do cadeado uma das bicicletas encostada aos redores da cabana da recepção que ficavam disponíveis para os funcionários e segui o meu caminho até o Centro Ecológico de Akumal, onde, nos últimos 2 meses e meio, tenho sido biólogo marinho voluntário.

Akumal na língua dos maias* significa "lugar das tartarugas", o que nos leva para a ênfase de toda a minha formação como biólogo marinho: a preservação das tartarugas. E o que, consequentemente, me trouxe para o México, especificamente, para a Riviera Maya, costa onde 7 das 8 espécies existentes de tartarugas visitam anualmente para deixar seus ovos.

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