3.7 - Festas de família.

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Luke

Estaciono o carro em frente ao jardim de infância de Gracie. A pedido da minha tia, fiquei responsável em levar Gracie para casa da minha mãe.

Verifico mais uma vez o meu relógio e saio do carro, vendo que a hora de saída se aproxima.

Várias mães já se encontram à espera dos seus filhos à porta do infantário. Encosto-me a uma parede e recebo breves olhares de algumas mães que parecem não estar habituadas a ver alguém como eu à espera de uma criança.

A porta do jardim é aberta e uma educadora acompanha as crianças até ao pátio. Algumas delas encontram as suas mães e são acompanhadas ao portão onde são entregues às mesmas.

Consigo ver Gracie com a sua lancheira do Baymax e com um olhar preocupado quando não consegue avistar a sua mãe. Aproximo-me do portão e levanto os meus braços no ar, acenando na sua direção. Assim que me vê, a menina puxa a bata de uma das educadoras e aponta na minha direção.

- Olá, pequenota. - cumprimento-a assim que corre pelo portão. Ajoelho-me ao seu nível e Gracie salta para os meus braços. Pego nela ao colo e recebo um abraço bastante apertado da sua parte. Sorrio educadamente à jovem educadora e Gracie despede-se da mesma.

Fazemos o nosso caminho até ao meu carro e coloco Gracie nos bancos traseiros, ajudando-a com o cinto de segurança. Consigo notar que fica surpreendida por não estar sentada na sua cadeirinha habitual.

- É só desta vez que vais sem cadeirinha. - aviso-a, ocupando o meu lugar. - Ainda és muito pequena para andares sem ela.

Consigo vê-la a cruzar os braços sobre o peito e um pequeno beicinho que se forma nos seus lábios rosados. Uma das coisas que Gracie menos gosta (para além dos vegetais) é quando brinco com a sua altura. Já me disse variadas vezes que quer crescer tanto quanto eu: "Quero ser um gigante, Luke!", algo que é bastante engraçado de se ouvir. Nas nossas brincadeiras é quase impossível que Gracie não me peça para subir para os meus ombro e a felicidade que transmite quando se sente tão alta consegue alegrar o dia de qualquer um.

- Sabias que vou com a mãe e com a tia Liz comprar um vestido para o meu aniversário, Luke? - comenta, espreitando por entre os dois bancos da frente. Digo-lhe para se encostar novamente e Gracie suspira ruidosamente, obedecendo-me.

- Posso juntar-me a vocês? - pergunto apenas curioso com a sua resposta. Apesar de ser divertido estar com Gracie, ir às compras com a minha mãe e tia não parece ser o melhor programa para o resto do dia .

- Não! É só para meninas, Luke... - Gracie fala como se o que estivesse a dizer fosse óbvio e afasta alguns cabelos loiros da sua face.

- Que pena... - finjo suspirar e consigo ver o olhar preocupado de Gracie através do retrovisor.

- Mas podemos lanchar os dois juntos em casa da tia Liz! - sugere com um grande sorriso.

- Que ótima ideia! - exclamo e Gracie gargalha alto, escondendo a sua boca com as mãos.

Estaciono o carro à frente do jardim principal da casa dos meus pais e saio do veículo, ajudando Gracie a realizar a mesma ação. Pego na sua lancheira e agarro a sua mão, acompanhando-a até à entrada da casa, onde somos recebidos pela minha tia que provavelmente passou a tarde com a minha mãe.

- Já aqui? - questiona um pouco surpreendida e abraça a sua filha. - A Liz fez bolachas e devem estar prontas daqui a dez minutinhos.

Gracie afasta-se do aperto da mãe e corre até à cozinha, deixando-nos a sós. Entrego a lancheira à minha tia e sorrio.

Neighbours || Luke HemmingsWhere stories live. Discover now