Capítulo 04 - As marcas vão continuar ❤

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Por favor, leiam a nota do autor quando terminarem de ler ♡

Diego narrando.

Eu estava saindo da empresa quando Helena adentrou a porta e me olhou mortalmente. Olhei para o relógio. Eu já estava atrasada para a ir com ela ver Rebecca, como sempre.

- Você não se cansa de trabalhar? - Ela questionou jogando sua bolsa para o sofá ao lado da porta.

- Eu tenho de ocupar minha mente com algo. Você sabe. - Ela revirou os olhos.

- Eu sei, mas você tem um compromisso comigo - Jogo meu terno no meu ombro e dei um breve sorriso que a fez rir.

- Você precisa se divertir mais, meu amor - Ela coloca seu braço em volta do meu e começamos a ir em direção a porta. Ela pega sua bolsa que estava no sofá e para de andar quando sua mão encontra a aliança no meu dedo. - Finalmente limpou ela. - Disse, com um sorriso satisfeito. - Eu disse para você fazer isso há semanas. - Resmungou enquanto eu abria a porta.

- Eu vou passar lá em casa antes. - Digo, enquanto ela me lança mais um olhar mortífero.

- Nem pensar. Você vai direto para a clínica comigo. - Ela aperta meu braço, então eu começo a rir.

Depois do episódio lamentável na pizzaria, Helena sumiu. Não a vi nenhuma vez por dois anos seguidos, até que ela apareceu aos prantos me procurando porque Rebecca tinha tido uma overdose enquanto ela estava de visita a irmã no Rio. Ela não tinha amigos e sua família inteira estava nos Estados Unidos e sua única opção foi me procurar. Então a ajudei, afinal, é isso que um cristão faz.

Além disso, Helena estava com o ar diferente. Estava radiante. Eu não a reconheci de imediato e quando a vi na clínica com sua irmã, percebi: Ela não era a mesma.

Depois que a tempestade passou, ela me pediu perdão mais vezes do que eu poderia contar. Já tinha esgotado os setenta vezes sete. Eu não a perdoei de imediato, devo admitir, mas conforme o tempo foi passando ela me mostrou ser alguém melhor e sim, eu a perdoei e nossa relação se tornou mais intima e até hoje somos assim. Além disso, ela me ajudou em muitas coisas que eu não conseguia sozinho então eu prometi:

Enquanto sua irmã estiver precisando de mim, eu estarei ao lado de vocês. E mesmo que não precise, eu vou estar com você.

Nem na época em que namorávamos nós ficamos tão próximos e, eu agradeço a Deus por isso ter acontecido.

- Você está distraído demais hoje - Estávamos preste a atravessar a rua.

Não digo nada, apenas pego meu celular e começo a digitar uma mensagem. Meu coração estava ansioso hoje e, infelizmente, eu ficava assim sempre que Alana me vinha a cabeça, por mais que eu quisesse espantar ela da minha mente eu não conseguia em momentos assim. Mesmo depois de sete longos anos, eu ainda sinto meu coração errar uma batida só de pensar nela.

Continuo olhando para o celular, enquanto Helena me dizia alguma coisa e ria ao meu lado, puxando-me para atravessar a rua. Quando o vento bateu, senti um perfume cítrico de pêssego com maracujá. E só uma pessoa usava esse perfume, pelo menos eu só conhecia uma.

Quando olhei para trás as pessoas atrapalharam minha visão. Varri a rua com o olhar enquanto Helena ainda me falava sobre algo.

- O que foi? Perdeu algo? - Ela me tira dos pensamentos, apertando um pouco meu braço.

- N-não... Eu só pensei que tinha visto alguém. - Virei-me novamente e continuei meu caminho.

Eu acho que não superei ela por completo como eu tinha imaginado. Ficar tendo delírios com o perfume dela não é normal.

O preço de amar a CristoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora