Capítulo 64 - O resto da minha vida ❤

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Alana narrando.

O resto dos dias na casa da dona Lara foram incríveis, apesar de ela não estar ainda cem por cento satisfeita com o fato de eu não ser a Helena, percebi que ela baixou a guarda e começou a me dar uma chance e isso era o suficiente para mim. Mais uma vez, Deus me ouviu.

Enquanto eu preparava as malas para ir embora, ela se achegou para mim e pediu para que eu cuidasse bem de Diego. Eu já ia fazer isso, mas ouvi-la pedir me encheu de alegria, pois senti sua confiança sendo depositada em mim pela primeira vez.

— Mamãe, será que eu já posso chamar ela de vovó? – Maressa perguntou enquanto me ajudava dando suas roupas para mim.

— Não sei querida, acho que você vai ter que perguntar para ela. – Respondi e lhe dei um beijo no alto da cabeça.

— Então eu vou! – Ela largou a peça de roupa que ia passar para mim e correu atrás de dona Lara.

— Amor, já acabou? – Diego entrou no quarto com sua mala pronta.

Quando ele viu o tanto de roupas espalhadas pela cama, caiu na gargalhada.

— Vocês duas são muito enroladas. – Se recuperava da risada. Ele veio para mais perto e começou a me ajudar. — Está tudo bem?

— Sim. – Sorri para ele. — Estou feliz.

— Você está quieta. – Ele me olhou desconfiado, ainda colocando as roupas na mala.

— É que eu não estou acostumada a coisas simples da vida. – Me olhou confuso, dessa vez. — Visitar os parentes do noivo, levar a filha na escola, trabalhar, ir a igreja livremente. Essas coisas. – Sorri novamente. — Deus me presenteou depois de tudo.

— Verdade. Acho que a ligação entre vocês é inquebrável. – Ele passou a mão sob a minha e levou aos seus lábios para beijar de leve.

— O que vocês estão fazendo? – Com um tom maroto, Laís colocou a cabeça na porta e riu. — Hum... Vovó! – Gritou. — O tio e a tia tão namorando! – Saiu correndo.

— Ah, essa garota! – Diego caiu na gargalhada e eu fiz o mesmo.

Diego parou de rir e começou a me olhar, senti minha pele esquentar então desviei meu olhar como se não percebesse. Então ele pegou minha mão e puxou-me para um abraço apertado. Senti meu coração explodir dentro do peito, como se apenas isso fosse me enlouquecer. Ele me deu um leve beijo nos lábios após o abraço e continuamos a arrumar as coisas.

Maressa voltou para o quarto com um sorriso largo repetindo que a vovó Lara deixou que a chamasse assim. Nem parecia que ela já a chamava assim de qualquer forma. Foi como a melhor permissão que ela havia recebido na vida.

Depois de mais algum tempo, estávamos dentro do carro de Diego, já de partida de volta para a nossa cidade grande. Maressa estava pendurada na janela recebendo o abraço do Victor Augusto e em seguida de Laís e Celine. A tia dela, Karina, já havia até chorado com a partida da minha pequena.

— Não demorem para voltar. – Ela pediu olhando-me nos olhos.

— Não prometo nada, maninha. – Diego colocou seu cinto e sorriu.

— E eu prometo que vou convencê-lo de voltar no natal. – Ela alargou o sorriso e me deu um aceno.

— Tchau tio Augu – Maressa choramingou e ele quase que fazia o mesmo.

— Eu vou te visitar em breve! – Ele a prometeu, fazendo-a sorrir.

— Leva um presente "pra" mim, "pra" mama e "pro" papa– Pediu e ele consentiu.

O preço de amar a CristoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora