Capítulo 60 - Preso a um amor ❤

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Diego narrando.

— Papai, eu posso brincar no parquinho mais tarde? – Maressa me perguntou, enquanto eu a deixava na nova escola, junto com Noah.

Essa foi uma nova escola, feita para ajudar a todos os sobreviventes de tragédias, onde teria psicólogo e policiais vinte e quatro horas por dia. Sob supervisão de uma pastora na qual admirávamos muito.

— Parece que eu estou sendo menos amada agora – Alana cruzou os braços quando voltei ao carro.

— Não seja dramática. Ela te ama tanto quanto eu. – Respondi colocando a chave para ligar o carro.

— Sei. – Riu. — Então, agora que estou finalmente melhor e posso andar muito bem, vai me levar ao monte ou não?

— Esse o plano de hoje. – Segurei sua mão e beijei.

Olhar para as cicatrizes que ela tinha me faziam ver como eu tinha sorte de ter seu coração para mim e ter tanta bondade perto de mim. Deus me deu uma nova chance de estar aprendendo sobre tudo que eu posso com ela, com essa menina que agora é minha filha e com tudo a minha volta.

Enquanto ainda estávamos no trânsito, recebi uma ligação. Era um segredo para Alana, então não atendi com ela perto de mim.

— Quem era? – Perguntou.

— Número desconhecido. Alana, o que acha de conhecer a cidade onde morei antes de vir para cá? É no interior, podemos levar a Maressa e...

— Eu topo. – Me interrompeu sorrindo. — Eu queria conhecer a tempo. Só esperei o convite.

— Eu tenho avós lá. Avós do coração. Eles me abrigaram lá quando precisei. Acho que a Maressa vai gostar de saber que tem primos. – Sorri e Alana fez o mesmo.

Quando deixamos o carro estacionado, pedimos a um pastor que deixasse que nós fossemos juntamente com sua igreja na subida. Para que não nos perdêssemos, ele apenas aceitou na hora. Oramos antes de subir, o que foi o começo de sentir a presença de Deus e depois começamos nossa caminhada.

Alana estava quieta, apenas observando as casas diminuindo seu tamanho a cada passo que dávamos para mais longe das casas. Vimos uma cachoeira seca quando subimos, o pastor nos disse que ela só ficava com água em temos chuvosos, o que fazia ninguém tomar banho com ela, ou em chuvas de verão, mas o monte ficava escorregadio e quase ninguém vinha.

— Sabe, é raro ver um casal como vocês. Que servem a Deus juntos. – Ele disse, colocando seu cajado na terra para ajuda-lo a subir. — Eu já estou velho e vi muitos casais cristãos nessa vida, mas nenhum como vocês.

— Como assim, senhor? – Perguntei.

— Eu não via neles o futuro que vejo em vocês. Deus realmente quer que vocês dois estejam juntos. É como se Ele pessoalmente tivesse dando a benção dele para tal união. – Sorriu ao dizer. — Espero que me convidem para o casamento. – Colocou a mão no meu ombro e sorriu seguindo na frente, para falar com uma jovem que ria sem parar.

— Parece que Deus gosta mesmo de nós. – Alana comentou e eu concordei balançando a cabeça.

Ela suspirou e então puxei ela para parar de caminhar. Os outros não perceberam que ficamos para trás, mas ela precisava tomar ar.

— Desculpe. Vamos continuar. – Sua voz falha me dizia que ela não ia aguentar mais nada sem desmaiar no final.

— Suba – Abaixei oferecendo minhas costas.

— Diego! Eu não mais leve como na adolescência. – Passou por mim e eu parei na frente dela pegando ela a força no colo.

— E eu sou mais forte que antes. – Ela gargalhou e então cedeu, ofereci minhas costas novamente e continuamos a caminhar.

O preço de amar a CristoWhere stories live. Discover now