Capítulo 13 - Aliança ❤

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Alana narrando.

Na manhã seguinte, ajudei a arrumar Maressa para escola e pedi a Marcos para leva-la. Ela me perguntou muito do porquê não contei sua história para dormir na noite anterior ou ajudei ela na lição e eu fiquei com o coração partido por não poder responder.

Depois disso, pedi a Sabrina para chamar Carlos. Ele veio depois de alguns minutos com o rosto amassado e uma óbvia ressaca.

- Como está se sentindo? - Pergunto, arrumando a minha bolsa na sala.

- Apenas um pouco de dor de cabeça. - Respondeu com sua postura habitual tensa.

- Você lembra do que houve ontem, certo?

- Sim. Eu peço desculpas pelo que fiz, mas... Foi a senhora que se meteu. - Diz, com um ar arrogante.

- Claro, meu empregado estava bebendo no meio do expediente e... Fiquei sabendo que ele assediou uma mulher casada que, por acaso, é uma amiga minha. - Olho-o mortalmente.

- Isso também não lhe diz respeito. - Retalha.

- Claro. Realmente o que acontece na minha casa, não me diz respeito. O que acontece com o meu empregado, não me interessa. E sabe o que mais? Você está demitido.

Ele arregalou seus olhos.

- Você não pode...

- Posso sim. Eu sou Alana Sanchez, dona dessa casa e do seu salário atual. Eu posso fazer o que eu quiser e você vai abaixar a cabeça e aceitar. Antigamente, talvez, eu lhe daria uma nova chance, mas eu aprendi com o meu Pai que eu não devo passar a mão da cabeça daqueles que me machucam, física e emocionalmente e eu não vou aturar você, eu não sou idiota, é claro que você não vai melhorar. Se for para um dia você mudar, não sou eu que vou fazer isso, eu sou uma salvadora, Jesus é.

- Jesus te ensinou a deixar a mandar as pessoas para a rua? - Sua voz se elevou.

- Não. Ele me ensinou sobre amor, mas para aqueles que querem receber. Quer saber, eu gosto de você, mas isso não quer dizer que eu tenho que te ter por perto fazendo eu me sentir desconfortável. Pode ficar tranquilo, você pode ficar aqui até conseguir outro emprego e espero que seja logo. - Arqueio a sobrancelha. - Tenha um bom dia.

Peguei minhas coisas e sai pela porta para, finalmente, ir para a faculdade. Eu realmente queria ver algum tipo de esperança nele, mas estava claro que Carlos não ia mudar. Às vezes, pessoas não mudam.

Eu prometi a mim mesma que não ia mais ficar perto de alguém que me fizesse sentir como um dia meu irmão fez, e com ele era assim. O início de um desconforto. Um olhar frio e sem redenção. Deus com certeza quer salva-lo e atrai-lo, mas... Deus também deu o livre arbítrio para ele escolher se quer ou não salvação e... acho que ele não quer.

Quando cheguei na faculdade, fui a biblioteca estudar um pouco, antes de ir para a minha sala. Depois de alguns minutos eu fui e a aula correu bem, graças a Deus consegui me concentrar e entender tudo. Após isso, eu fui ao campus e me sentei em uma das cadeiras apoiando meus livros na mesa.

O céu estava claro e o vento bem fraco, mas refrescante. Algum sol batia na mesa, mas não estava quente, pelo menos por enquanto. Continuei estudando até meus olhos encontrarem Diego andando pelo campus. Helena e Rebecca estavam com ele.

Helena e ele estavam de braços dados. Ele estava sorrindo com ela. Meu coração se apertou com aquela imagem. Eles vinham andando e passariam por mim, tentei baixar a cabeça, mas sem sucesso, pois Rebecca me chamou:

- Oi Alana! - Se aproximou, sentando-se na cadeira da frente.

- Oi... - Olhei para ela e para Diego e Helena em pé atrás dela.

O preço de amar a CristoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora