Capítulo 17 - Sangue do meu sangue ❤

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Alana narrando.

— Maressa, venha logo, meu amor! – Chamei ela enquanto colocava minha sapatilha.

— Estou nindo mamãe! – Gritou do seu quarto em resposta.

— Senhora... – Lanço um olhar furioso para Liliane — Desculpe – Ela ri sem graça. — O senhor Reed está querendo lhe ver.

— Pode deixar ele entrar – Digo.

Enquanto eu terminava de calçar minha sapatilha, esperei Maressa e Shawn sentada no sofá. Sabrina estava ajudando ela a se arrumar então eu sabia que iria ser rápido.

Eu tenho que contratar mais alguém para me ajudar apenas com Maressa, não é o trabalho de Sabrina fazer isso.

Bom dia minha noiva – Shawn entrou e sentou ao meu lado no sofá.

Seu rosto estava amassado e roupas amarrotadas, era obvio que tinha tido uma bela noite de sono, enquanto eu...

— Teve uma ótima noite, pelo visto – Espremi os olhos em sua direção.

— Não imagina o quanto... – Ele sorri largo para mim. — Mas Alana... Aproveitando que estamos sozinhos eu preciso falar com você agora, como advogado.

— O que houve? – Acomodei minhas costas e virei meu corpo para ele.

— Você sabe que seu irmão está prestes a ser solto, certo? – Eu apenas consenti balançando a cabeça. — Falta pouco para isso acontecer e...

— Fala de uma vez! – Disse, deixando escapar um tanto de sotaque português.

— Ele pode reclamar a casa e a herança, pelo menos a parte dele. – Disse de vez, sem mais rodeios.

— O que?! – Levantei do sofá e joguei minhas mexas para trás. — Como pode ser isso? Ele foi preso Shawn.

— Mas não deixou de ser seu irmão e ter direito à herança, ainda mais que ele teve a pena reduzida por bom comportamento e.... bem, você sabe que seu irmão faria qualquer coisa para sair de lá. – Suspirou alto.

— Ele comprou o juiz, não foi? – Meus olhos ardiam.

Eu nem precisei olhar para Shawn para saber a resposta. É claro que era "sim". E eu fiquei sete anos pensando na redenção do meu irmão e que ele teria abaixado a cabeça e deixado a arrogância de lado, mas pelo visto, não.

Eu queria tanto que fosse diferente, que essa história mudasse. Mas infelizmente, meu maior inimigo na terra é meu próprio sangue.

— Você vai ficar bem. Você pode me dar acesso ao seu testamento para eu ler com mais detalhes? – Perguntou ele, depois de se levantar e colocar a mão no meu ombro.

— Claro. – Funguei. Segurei as lágrimas que estavam insistindo em querer sair. — Sabrina – Chamei-a e ela logo veio com a Maressa de mãos dadas.

— Pois não? – Disse ela deixando que Maressa pegasse minha mão.

— Vá ao meu quarto e, por favor, pegue um colar que está na primeira gaveta do meu armário. – Peço e a mesma vai sem dizer mais nada.

— Para que o colar? – Perguntou ele.

— O cofre de segurança onde está o testamento só abre com scanner e a identificação está nesse colar. – Respondo. — Eu vou ir hoje lá e vou te dar assim que eu o tiver em mãos.

— Tudo bem. Eu vou dar uma carona para vocês, que tal? – Ele sorriu.

— Fique para tomar café, eu levo ela. – Digo.

O preço de amar a CristoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora