Capítulo 23 - Equilíbrio ❤

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Alana narrando.

Eu dormi profundamente depois que Maressa chegou, claro que, fiz questão de ela dormir junto comigo no quarto. Eu não podia deixar ela à mercê do perigo que é estar na presença do meu irmão. Graças a Deus, Blanca a levou por um dia, para que eu pudesse parar e pensar nas coisas.

Eu nem pude ir a faculdade. Tive que ir a uma entrevista de emprego o dia inteiro, me impressionei ao chegar lá e dar de cara com Helena, mas ela foi agradável e profissional, então não tive muito o que me sentir desconfortável. Só espero ser selecionada, mesmo que só tenha conhecido o vice-presidente da empresa.

— Alana. – Ouço algumas batidas leves na porta, então abro meus olhos devagar.

Apesar da minha mente já estar trabalhando bem, eu queria continuar com Maressa em meus braços por mais um tempo.

— É o George. – Ele diz, abro mais meus olhos e limpo-os.

Dou um jeito de tirar Maressa de cima de mim, sem acordá-la e então coloco um hobbie por cima do meu pijama e o atendo.

— Desculpa te acordar. – Ele diz e eu apenas sorrio.

— Eu estou indo embora para o hotel. – Ele diz e eu percebo a mala em suas mãos.

— O que? Porque? – Quando percebo que falei alto demais, abro a porta do quarto e saio, fechando-a novamente. — Porque está indo embora? Eu disse que podia ficar.

— Eu mandei ele ir. – Pablo aparece, como assombração, atrás de George no corredor.

— Com que direito? Essa casa não é só sua! – Rosno. — Se não se lembra, essa é a NOSSA CASA – Tento respirar fundo, mas a última palavra sai mais alto do que eu imaginei.

Fechei meus olhos. Algumas imagens cruéis passaram diante dos meus olhos e antes que eu perdesse o equilíbrio senti uma mão me segurar.

— Alana, não fica nervosa. – George me fitou com preocupação.

— É verdade. Parece que você não pode ficar nervosa irmã. Acho que algo afeta seu equilíbrio mental nessa casa – Ele abre a porta do quarto. — Melhor se tratar.

Após ele sair da minha vista dou um grito. Shawn disse que eu tinha que me controlar, mas não consegui.

— Venha, eu vou pegar um copo d'agua para você. – George me puxou, mas eu me mantive parada e tranquei a porta antes de sair. — Você não pode trancar ela para sempre só para ficar longe do seu irmão.

— Eu só quero manter ela a salvo.

— Vamos. – Ele segura minha mão e me puxa.

Chegamos a cozinha, onde Liliane estava fazendo o café da manhã. Ela sai assim que nos vê, apenas deixando dois copos de água.

— Você precisa manter a calma, Lana. Eu sei que ele mexe com você, de uma forma péssima, alias. Mas você precisa se manter firme perto dele, não pode mostrar fraqueza. – Diz. — Você passou por muita coisa no passado e tenho certeza que foi horrível e passar por isso de novo depende de você. Se você vai apanhar ou bater, dessa vez depende de você. Você não é mais uma menina de dezessete anos.

— Eu sei. É difícil assimilar. Sempre que eu vejo ele, não consigo me segurar. O medo e a raiva se misturam e eu fico na defensiva. – Bufo.

— Porque... Porque não procura um terapeuta? – Meus olhos não aguentam ouvir e as lagrimas batem à porta.

— Passar por aquilo de novo? – Ri, cínica.

— Não é isso. Talvez se sinta confortável, pois isso te ajudou antes.

O preço de amar a CristoWhere stories live. Discover now