Capítulo 9 - Até flores serem jogadas no meu caixão ❤

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Diego narrando.

Finalmente as aulas na faculdade iriam começar, mas eu não estava afim de assistir a aula inaugural então apenas fiquei sentado em baixo de uma arvore qualquer no campus, estudando mais um pouco.

Já tinha recebido tantas mensagens de Helena que, quando meu celular descarregou, dei graças a Deus. A mulher quando quer falar não poupa palavras. Mas eu entendia sua preocupação, agora eu ia ter que me dobrar entre o trabalho e a faculdade, mas seria apenas por um ano.

Minhas costas começaram a doer de repente. Então decido levantar para esticar. Virei-me para a arvore do outro lado do campus e vi uma menina com a cabeça baixa, ela parecia estar passando mal. De longe, vi sua palidez. Nesse calor, não era surpresa. Comecei a caminhar até lá, mesmo que devagar.

Foi quando ela ergueu sua cabeça, mesmo sem poder vê-la, de imediato percebi que ela ia cair, então corri e segurei-a. Foi quando senti minhas mãos tremerem.

Depois de sete anos... Ela estava ali, sendo segurada por minhas mãos. De olhos fechados e com uma leve careta. Ela esperava o impacto, e não aconteceu.

— Você está bem? – Foi instintivo perguntar.

Ela abriu olhos lentamente, revelando a bela cor que eles tinham. Eu quase tinha esquecido de como eles eram hipnotizantes.

— Diego? – Perguntou, com a voz um pouco trêmula.

Eu não sabia se falava ou respirava.

— Alana. – Disse, tentando não parecer tão afetado.

Ficamos apenas com os olhos um no outro por alguns instantes. Eu não queria estar assim ao vê-la, mas ela estava tão bonita e ali na minha frente. Era ela... Ela... Ela realmente estava na minha frente agora. Apesar de ter uma forte impressão de ser um daqueles sonhos muito reais. Por não acreditar, apenas fico admirando ela. Cabelos mais curtos e mais claros, sem muita maquiagem e olhar de sempre, cativante.

— Você... – Ela balbucia.

Sua voz agora estava mais firme, porém baixa. Vi que a cor de sua pele estava voltando ao normal ao passar dos segundos.

— Você estuda aqui? – Perguntou ela, sem mais delongas.

Eu não sabia o que responder. Acho que nem sei mais como fazer isso. Eu só queria um beliscão para saber que aquilo era real.

— Diego? – Ela me chama, olhando para os lados, com as maças do rosto levemente coradas.

Mais folhas caíram sobre nós e uma foi exatamente no meu rosto, o que me fez vacilar e quase deixa-la cair. Mas abro os olhos de imediato e seguro sua mão puxando-a para cima, o que a faz vir de encontro ao meu peito e nossa distancia ficar assustadoramente mínima.

— Você é real? – Questionei.

Eu sabia que tinha que soltá-la, mas... Parece que uma cola magica unia nossas mãos.

— Eu acho que... S-sim – Sorriu, tímida.

Seu hálito ainda era refrescante.

— O que vocês estão fazendo? – Quando uma voz nos despertou, me afastei de imediato dela.

Ela pegou sua mochila no chão e colocou-a nas costas e ficou apenas olhando para os lados e balançando os pés.

— E-Eu...

— Ela estava passando mal, então eu ajudei quando ela ia cair. Nada demais. –Respondi, antes de olhar quem perguntava.

Eu realmente não estava interessado em mais nada além da mulher com olhos esverdeados e boca levemente rosada bem na minha frente.

O preço de amar a CristoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora