Arthur narrando.
— EU VOU MATAR AQUELE DESGRAÇADO! – Completamente revoltado, eu estava indo em busca do irmão de Alana, eu tinha que sentir meu punho em seu rosto e ter o prazer de ver sangue descendo pelo seu nariz.
— Não faça burrices, Arthur! – Lorena tentava me parar a todo custo, porém era inútil. — Pare com esse temperamento de merda! – Rosnou para mim, entrando na minha frente, eu apenas continuei caminhando enquanto ela me seguia.
— Me deixa em paz, Lorena! – Bufei.
— Não! – Vociferou, colocando as mãos nos meus braços.
Olhei para suas mãos por alguns segundos, sem graça, ela tirou de mim e cruzou os braços. Finalmente paramos por alguns segundos e nos entreolhamos, até o desconforto me fazer quebrar o silêncio:
— Se você ainda não percebeu, não somos mais jovens e você não tem mais poder sobre mim. Suas palavras não me influenciam mais. – Estourei.
Ela corou, mas balançou a cabeça como se quisesse esquecer minhas palavras e por sua expressão diria que conseguiu.
— Você é estupido? Isso não é sobre nós, Arthur. É sobre a Alana, que acabou de perder a filha para o irmão que tentou matar ela – Contestou com propriedade.
Ela estava furiosa, dava para ver em seus olhos.
— Eu não estou nem aí se eu não te influencio mais, mas já parou para pensar que você bater no Pablo só vai piorar tudo? – Prosseguiu.
— Eu não estou nem aí. Eu só quero ver a cara dele um lixo, mais do que já é. – Rebati.
Então eu continuei meu caminho seguindo Pablo até a porta do tribunal, que era onde ele certamente estava, sorrindo falsamente para as câmeras com pose de bom irmão. Não duvido que esteja até chorando.
— Arthur! – Ouvi a voz de Lorena me chamar ao longe, mas pelo seu tom não ter aumentado, imagino que ela tenha desistido de me seguir.
Eu apenas continuei, e como imaginei, ele estava lá, sendo fotografado pela imprensa. Eu não lembrava do quanto a família dele era famosa, agora ainda mais. Um advogado famoso que foi preso por tentativa de assassinato pela própria irmã agora conseguiu a guarda na filha da mesma. Ele está no topo do mundo agora.
— Arthur... – Ouvi uma voz diferente me chamar, olhei para o som e vi Cecilia subindo as escadas. — Onde a Alana está? Eu acabei de saber pelo jornal. – Ela disse, com aflição no olhar.
Em seguida vi, quem parecia ser seu meio-irmão atrás dela.
— Ela está lá dentro ainda. – Respondi, ainda com os olhos presos em Pablo.
Eu vi eles se retirando com a mesma rapidez que surgiram. Então eu fui, lentamente, até onde Pablo estava, sendo protegido por seu advogado, que assim que viu o ódio nos meus olhos apenas se afastou dele. Peguei no seu ombro e o virei para mim.
— Você vai queimar no inferno – Enfurecido, rosnei para ele, que não entendeu bem pelo barulho ao nosso redor.
Eu percebi pela sua cara de interrogação que ele não estava entendendo o que eu estava fazendo, porém assim que deixei meus dedos chegarem ao seu rosto de punho cerrado, ele soube. Então eu tive o prazer de ver seu sangue descer pelo nariz e quando ele limpou com a mão, vi seu terno manchado. Eu ainda acho pouco, pelo que ele fez com a própria irmã.
Eu continuei batendo e sabia que não ia ser parado. Aquelas pessoas com câmeras nas mãos só queriam uma reportagem para capa, e iam ter agora. Pablo não reagiu, claro que para manter a pose de bom moço, mas eu não me importei e continuei batendo nele até derrubá-lo pelas escadas. As pessoas abriram caminho para ele rolar nas escadas.
ESTÁ A LER
O preço de amar a Cristo
SpiritualO primeiro livro se chama "O preço de ser cristã". Leiam primeiro ele e depois aqui. Agora, de volta ao Brasil depois de alguns anos, Alana terá que enfrentar o desafio de conseguir o perdão de seus amigos, ela também vai experimentar mais uma vez...