Capítulo 24 - Se eu soltar essa mão... ❤

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Alana narrando.

- Di-Diego? O que faz aqui?

- Como assim "o que faz aqui"? - Ele ri, se aproximando de mim.

Helena chega mais perto de nós, com uma risadinha abafada.

- Ele é dono da empresa, senhorita Sanchez. - Ela arqueia a sobrancelha.

- O que? - Exclamo, atraindo olhares para mim. - Desculpa... Senhor... Fontenelle. Eu não pesquisei o suficiente sobre os acionistas da empresa, não apareceu a sua foto lá.

- É porque eu fiz questão de não me divulgar - Ele sorri para mim e direciona seu olhar para Helena. - Porque não me contou?

Ela deu de ombros e voltou para uma mesa que não parecia ser a sua, pois tinha uma menina já sentada ali.

- Típico dela. - Revirou os olhos. - Fiquei feliz em ver você. Tomara que você consiga o estágio. - Ele sorri com os olhos e caminha para a porta ao lado de onde tinham várias cadeiras na frente e a menina que estava sentada na mesa corre para abri-la.

Ah, meu Deus... O que eu estou fazendo aqui?

O Senhor está fazendo uma pegadinha comigo? É uma trolagem?

Sentei-me novamente. Eu não podia desistir desse contrato de um ano. Ia ser bom para mim e para o meu avô. A empresa do Diego é incrivelmente conceituada e ele ia gostar muito disso para mim, eu sei que ia.

Fiquei esperando. Todos foram chamados e eu fui a penúltima. Ainda bem que foi o vice-presidente que me chamou. Ele fez algumas perguntas a mais e, para minha intensa alegria e ansiedade, eu fui contratada. Agora eu tinha que dar meu melhor. Eu teria que fazer o que eu podia para não escorregar em olhares direcionados para Diego.

Eu lhe dei um beijo e não sei como lidar com isso. É uma merda não saber lidar com essas coisas.

Alana, foi apenas um beijo de saudade. Nada mais. Isso não quer dizer nada.

Sai da sala do vice e o Diego, que estava na sala ao lado, saiu no mesmo instante. Nossos olhos se encontraram.

A lembrança daquele beijo cheio de paixão bateu à porta. Como uma pancada forte em mim, aquele beijo voltou a minha cabeça e me deixou completamente arrepiada da cabeça aos pés.

- Alana? - Diego pigarreou, tirando meus olhos do transe.

- Hum? O que foi? - Perguntei, fingindo-me de desentendida.

- Tudo bem? Eu disse te dei os parabéns. Já sei que foi contratada. - Sorriu.

Lindamente ele sorriu.

- Ah... Obrigado. Eu tenho que ir embora. - Digo, indo depressa apertar o botão do elevador.

Ouvi seus passos atrás de mim. Eu nem tinha notado que ele estava com algo em mãos, pronto para sair também.

- Até amanhã. - ele diz para o pessoal ali, que continuaria trabalhando.

A porta do elevador se abre e eu entro depressa, apertando o botão para as portas se fecharem, mas ele segurou a porta e sorriu para mim, com todos aqueles dentes brancos.

- Vamos juntos. - Adentrou aquele ambiente onde só tínhamos nós e o espelho atrás.

Porque num lugar tão apertado? Agora eu sou obrigada a sentir o perfume dele e me segurar para não pular nele. Porque estou sendo tão primitiva? Não consigo lidar de forma diferente com meus sentimentos.

Eu tinha que destravar meu corpo e mente. Eu tinha que falar sobre algo que acabaria com esse clima entre nós. Eu não podia me entregar a tentação da carne.

O preço de amar a CristoWhere stories live. Discover now